Dor crônica e emoção andam juntas: o que as une no cérebro?
Aproximadamente uma em cada dez pessoas em todo o mundo lida com algum grau de dor crônica a cada ano, afetando mais pessoas do que doenças cardíacas, diabetes e câncer juntos. Em algumas regiões, esse número chega a um em cada quatro. Sendo a dor crônica uma experiência tão prevalente, convém saber que mantém um relacionamento bidirecional com as emoções – apenas não se sabe qual é mais prejudicial à outra. Há muito se sabe que os transtornos de humor e a dor crônica andam de mãos dadas, com até metade das pessoas com crises de dor que duram mais de alguns meses também experimentando depressão ou ansiedade. Ignora-se, porém, o elo que une os dois estados, o doloroso e o emocional. Este post comenta os resultados de uma pesquisa que joga alguma luz nesse buraco negro. A conexão caberia às substâncias químicas que agem inibindo e/ou estimulando a sinalização da dor enquanto ela é processada pelo Sistema Nervoso Central e muito especialmente, a uma delas, o neurotransmissor chamado GABA.