Fibromialgia e Neuroinflamação: as duas devem se encontrar?
Os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à fibromialgia são pouco compreendidos. Não há marcador biológico aceito, e os resultados dos estudos radiográficos e laboratoriais tendem a ser normais. Vários mecanismos periféricos e centrais diferentes foram propostos, que podem não ser mutuamente exclusivos. Isso significa que, na prática da medicina clínica, a fibromialgia ainda não é vista como uma condição médica clara. Tecnicamente então, ela é uma síndrome, “grupo de sintomas”, não uma doença. O que, por sinal, em nada diminui a sua importância para a vida do paciente. Até o momento, a fibromialgia é vista por muitos médicos como uma dor crônica originária da mente do (a) paciente. O mérito deste artigo é o de apresentar sucintamente um contraponto a essa crença. Uma explicação biológica das mais sérias para a fibromialgia (enquanto doença): a sua relação com sensibilização central e neuroinflamação.