Os 21 mitos da fibromialgia
Para melhorar ainda mais a qualidade de vida das pessoas que vivem com fibromialgia, precisamos entender se e como sua dor é afetada, por exemplo, por seus pensamentos e sentimentos sobre a dor. A pesquisa atual sobre fibromialgia se concentra nos “portadores da síndrome”, estimados em 5% da população brasileira. Essa estimativa, porém, é baseada em relatos pessoais dos pesquisados, não em diagnósticos clínicos acurados e definitivos. Assim sendo, boa parte deles pode viver enganada, e ser mentalmente agredida todo dia pela perspectiva de estar com fibromialgia, embora isso não seja verdade. Nesses casos, que eu reputo numerosos, os sintomas que se imaginam ser da fibromialgia – dor persistente e recorrente, sono ruim, fadiga, decognição etc. – são exacerbados desnecessariamente, sabotando uma eventual recuperação. O que impulsiona esse estado de coisas? Desinformação generalizada, basicamente, que ao longo das últimas 3 décadas tem engordado uma mitologia em torno da fibromialgia, tornando-a gratuitamente mais perversa do que ela já é. A minha intenção é demolir alguns dos principais pilares em que ela se sustenta.