Mulheres com dor crônica e a percepção de “não serem levadas a sério”
A atenção que a mulher com dor crônica recebe da medicina é assimétrica em relação a do homem, e isso é um tema candente em países mais desenvolvidos. Seja no ambulatório ou nos ensaios clínicos, nos consultórios privados ou nos congressos médicos, o pouco caso brindado às doenças tidas como femininas (“Ora, é coisa da sua cabeça”) e a mulher como pessoa (ignorando o impacto psicológico que causa a ela não ser levada a sério) é notório. Principalmente quando a mulher é pobre e etc. Eu tenho insistido muito nesse tema, e vou continuar a fazê-lo apesar de sentir que no Brasil, ele não interessa a quem deveria interessar. Desde que comecei a postar sobre o tema, todavia, uma única coisa mudou nesse quadro: eu consegui dados vastos e sólidos para fundamentar o que foi dito no começo desse texto.