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O teste de antígeno: ele diz se a sua vacina deu certo?

O teste de antígeno

Os testes para detectar infecções ativas do coronavírus continuam a evoluir e ainda há muita confusão sobre eles. O teste de antígeno rápido, por exemplo, usado como primeira opção no rastreamento de contato, ainda é desconhecido. No entanto, está em alta demanda pelos que já se vacinaram e pagam por ele R$ 100,00 para saber se já estão imunizados. Nesse post você encontra tudo o que precisa saber sobre esse teste, e de quebra, revisita o que já sabe sobre todos os testes de diagnóstico da Covid-19, seus objetivos, diferenças e limitações.

“O principal perigo na vida é que você pode tomar muitas precauções.”

Os testes de diagnóstico que determinam se alguém tem uma infecção Covid-19 ativa são de três tipos principais: os testes sorológicos (de anticorpos) que verificam se você já teve uma infecção anterior com o vírus; e os testes moleculares (ex. RT-PCR) e de antígenos, que são diagnósticos e detectam uma infecção ativa com o vírus.

Informações detalhadas – posts e vídeos – sobre esses testes, RT-PCR e sorológicos, principalmente, o blog publicou há um ano. Naquela época, apenas um teste de antígeno fora aprovado pelo FDA americano.

Por isso, não foi com pouca relutância que eu decidi voltar no assunto “testes Covid-19”. Ao teste de antígeno, mais precisamente. Duas razões: o estado do Maranhão usou 600 mil testes de antígeno para descartar a infecção comunitária pela variante indiana; e há uma demanda crescente por esse tipo de teste (quando rápido, com resultados entregues em 20 minutos), por parte de vacinados que desejam confirmar se estão protegidos da infecção com o novo coronavírus. Por outro lado, 100% dos infectologistas que desfilam pela mídia concordam 100% na inutilidade da medida.

A seguir, você terá acesso a tudo o que precisa saber sobre o teste de antígeno para, vacinado ou não, decidir o que quer que seja. Preste especial atenção às ocasiões em que esse tipo de teste se aplica, e, também a quando, em relação a vigência de sintomas de infecção com o novo coronavírus, ele se mostra útil.

As fontes por mim consultadas residem no Brasil (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); na Alemanha (Mexacare Diagnostics); e nos Estados Unidos (University of California – Davis Health).

Testes de antígenos

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O que fazem?

Os testes de antígenos procuram material genético viral, proteínas específicas encontradas na superfície do vírus, usando o método de imunocromatografia. O teste (rápido) é realizado com amostras de swab de nasofaringe e/ou orofaringe, ou por saliva, com o propósito de detectar indivíduos com infecção aguda.

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Quando aplicar?

Esse teste pode ser utilizado na indisponibilidade dos testes moleculares ou quando este último for negativo. Ele deve ser realizado entre o 2º e o 7º dia após início dos sintomas. A vantagem da técnica é disponibilizar o resultado em menos de 1 hora, ser mais simples e mais barata que o PCR. Como desvantagem, de maneira geral, apresenta sensibilidade menor que o PCR, e resultados negativos não excluem a infecção por SARS-CoV-2.

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Desempenho

O teste de antígeno tem maior probabilidade de ter um bom desempenho em pacientes com altas cargas virais, na fase sintomática da doença até o 7º dia de sintomas. Pacientes com suspeita clínica devem prosseguir investigação com PCR ou outros métodos, a depender do tempo de evolução dos sintomas, após um resultado negativo.

O teste de antígeno possui sensibilidade inferior ao teste de RT-PCR, principalmente em indivíduos assintomáticos com cargas virais baixas. Porém, em pacientes com carga viral elevada, o que costuma ocorrer na fase pré-sintomática, de 1 a 3 dias antes dos sintomas, e na fase sintomática inicial, do 5º ao 7º dia da doença, a sensibilidade é superior a 90% quando comparada ao teste de RT-PCR.1

Um antígeno é geralmente detectável em amostras do trato respiratório superior durante a fase aguda da infecção.

Significado dos resultados

Resultados positivos indicam a presença de antígenos virais, mas a correlação clínica com o histórico do paciente e outras informações de diagnóstico é necessária para determinar o status da infecção. Se positivo, o teste de antígeno significa infecção viral ativa. A diferença com o teste do RT-PCR é que, ao contrário deste, ele é informado dentro de 1 a 2 horas após a aplicação do teste, e possui menor custo. Resultados positivos não excluem infecção bacteriana ou coinfecção com outros vírus. O agente detectado pode não ser a causa definitiva da doença.

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Os resultados negativos não impedem a infecção viral e não devem ser usados ​​como base única para o tratamento ou decisões de manejo do paciente. Os resultados negativos devem ser tratados como presuntivos e confirmados com um ensaio molecular, se necessário para o tratamento do paciente. Os resultados negativos devem ser considerados no contexto de exposições recentes de um paciente, história e presença de sinais e sintomas clínicos consistentes com Covid-19.

O teste de antígeno requer profissionais de laboratório clínico treinados.

Quando usar um teste de antígenos?

Esse tipo de teste é útil nos seguintes cenários2:

  • critério de confirmação na indisponibilidade dos testes moleculares ou quando este último for negativo (em conjunto com a definição de caso, o histórico clínico e epidemiológico);
  • tomar decisões de saúde pública, como isolamento precoce de casos positivos frente à suspeita de surtos em localidades ou instituições sem acesso a PCR ou quando é necessário maior rapidez de resultados para isolamento precoce;
  • identificação de pessoas sintomáticas potencialmente infectadas quando usado para triagem;
  • o uso para teste de contatos assintomáticos pode ser considerado, embora nessa situação um resultado negativo não deve excluir um contato dos requisitos de quarentena;
  • o uso de testes rápidos de antígenos não é recomendado em populações com baixa prevalência esperada de doença, como, por exemplo, triagem em pontos de entrada, doação de sangue, cirurgia eletiva, embarque em aeroportos. Em locais de baixa prevalência a probabilidade de falsos positivos aumenta.

Na Alemanha e na América do Norte já é comercializado um teste de antígeno rápido (nasofaríngeo) para a Covid-19 que também diagnostica Influenza A + B.3

Salvaguardas

  • O procedimento do teste e a interpretação do resultado do teste devem ser seguidos de perto ao testar a presença de antígenos SARS-CoV-2 / Influenza A / Influenza B em amostras de nasofaringe humanas de indivíduos suspeitos. Para obter o desempenho ideal do teste, a coleta de amostra adequada é crítica. O não cumprimento do procedimento pode gerar resultados imprecisos.
  • A Covid-19 e o Teste Rápido de Combinação do Antígeno Influenza A + B (esfregaço nasofaríngeo) destina-se apenas ao diagnóstico in vitro. Este teste deve ser usado para a detecção de antígenos SARS-CoV-2 / Influenza A / Influenza B em amostras de nasofaringe humanas como um auxílio no diagnóstico de pacientes com suspeita de infecção por SARS-CoV-2, Influenza A ou Influenza B em conjunto com a apresentação clínica e os resultados de outros testes laboratoriais. Nem o valor quantitativo nem a taxa de aumento na concentração de antígenos SARS-CoV-2 / Influenza A / Influenza B podem ser determinados por este teste qualitativo.
  • A Covid-19 e o Teste Rápido Combo do Antígeno Influenza A + B (Swab Nasofaríngeo) indicarão apenas a presença de antígenos SARS-CoV-2 / Influenza A / Influenza B na amostra e não deve ser usado como único critério para o diagnóstico de infecções por SARS-CoV-2 / Influenza A / Influenza B.
  • Os resultados obtidos com o teste devem ser considerados com outros achados clínicos de outros testes e avaliações laboratoriais.
  • Se o resultado do teste for negativo ou não reativo e os sintomas clínicos persistirem, recomenda-se fazer uma nova amostra do paciente alguns dias depois e testar novamente ou testar com um dispositivo de diagnóstico molecular para descartar infecção nesses indivíduos.
  • O teste apresentará resultados negativos quando a concentração dos novos antígenos do coronavírus, vírus Influenza A ou Influenza B na amostra é inferior ao limite mínimo de detecção do teste.
  • Os resultados negativos não excluem a infecção por SARS-CoV-2, particularmente naqueles que estiveram em contato com o vírus. Testes de acompanhamento com diagnóstico molecular devem ser considerados para descartar infecção nesses indivíduos.
  • Um resultado negativo para Influenza A ou Influenza B obtido com este kit deve ser confirmado por um teste RT-PCR.
  • A precisão do teste depende da qualidade da amostra do esfregaço. Falsos negativos podem resultar de coleta ou armazenamento incorreto de amostras.
  • Os resultados positivos para Covid-19 podem ser devidos à infecção por cepas de coronavírus não SARS-CoV-2 ou outros fatores de interferência. Um resultado positivo para influenza A e / ou B não impede uma coinfecção subjacente com outro patógeno, portanto, a possibilidade de uma infecção bacteriana subjacente deve ser considerada.

Atenção! Sob o risco de ser redundante, convém reiterar que:

  • Os resultados negativos não excluem a infecção por SARS-CoV-2, particularmente naqueles que estiveram em contato com o vírus. Testes de acompanhamento com diagnóstico molecular devem ser considerados para descartar infecção nesses indivíduos.
  • Os resultados do teste de anticorpos não devem ser usados ​​como única base para diagnosticar ou excluir a infecção por SARS-CoV-2 ou para informar o estado da infecção.
  • Os resultados positivos podem ser devido à infecção passada ou presente com cepas de coronavírus não SARS-CoV-2, como coronavírus HKU1, NL63, OC43 ou 229E.

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Confiabilidade

Não se pode garantir 100% de precisão, então o paciente ainda deve ser aconselhado a seguir as diretrizes oficiais para aqueles que apresentam sintomas e aqueles que não estão relacionados à higiene, autoisolamento e outras medidas até se o teste for negativo.

Um teste de antígenos inovador

A Universidade da California (Davis Campus Health) lançou um teste inovador e altamente preciso que pode verificar a Covid-19 e os vírus da gripe ao mesmo tempo, retornando resultados de “padrão ouro” em 20 minutos.

Enfermeiros e médicos podem executar o novo teste combinado rápido Covid-19/gripe em uma clínica ou na cabeceira do paciente sem enviá-lo para um laboratório.

O problema é que há um pequeno lapso de tempo entre o momento em que alguém é infectado e o aparecimento dos antígenos.

Isso significa que, se uma pessoa não está perto do pico de infecção – mas ainda na fase contagiosa – os testes podem dar negativo. Dependendo da qualidade do teste de antígeno e dos participantes do teste, os falsos negativos podem chegar a 20%.

O coronavírus se replica colocando seu material genético dentro de nossas células. Se você estiver testando essa pessoa no estágio em que o vírus ainda está se replicando dentro das células, isso significa que não produziu proteína suficiente ou se desprendeu em grandes quantidades para ser detectado ainda pelo teste de antígeno.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) aconselharam as pessoas que apresentam sintomas de Covid-19, mas com teste rápido de antígeno negativo, a fazer um teste PCR para confirmar os resultados.

Os testes de antígenos positivos são considerados muito mais precisos, mas ainda podem produzir falsos positivos. A preocupação é que os falsos positivos podem ser causados ​​pela presença de outros vírus, técnicas de coleta inadequadas ou outras substâncias produzidas pelo corpo durante a infecção, interferindo nos resultados. No entanto, a tecnologia de teste de antígeno continua a melhorar.

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