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Fibromialgia: recentes avanços da ciência

Fibromialgia: recentes avanços da ciência

O briefing a seguir talvez frustre as expectativas do paciente portador de fibromialgia. Trata-se de um resumo das descobertas científicas mais recentes sobre essa complexa síndrome, o qual não inclui o que ele ou ela mais almeja: um remédio, um comprimido, um xarope, uma bala de prata, enfim, capaz de acabar com essa síndrome de vez. A matéria, a cargo de uma reumatologista italiana, resume progressos feitos tanto na compreensão das causas (ex.: trauma), como de terapias promissoras (ex.: neuromodulação). É uma matéria destinada a profissionais da saúde interessados em saber de uma doença que hoje, equivocadamente ou não, na mente de muitos pacientes se confunde com um dos tipos de dor mais comum: a dor de causa desconhecida, ou inespecífica.

A terapia com luz verde pode diminuir a ansiedade, particularmente a ansiedade baseada no medo, em pacientes com fibromialgia e reduzir o uso de opioides para controlar a dor crônica, de acordo com um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Anestesiologistas, realizada de 22 de outubro a 25 em Nova Orleans.1

Eis um dos destaques dentre os muitos estudos sendo desenvolvidos sobre a fibromialgia em todo mundo. A revisão de artigos a seguir descreve os achados científicos mais recentes sobre o diagnóstico, etiopatogenia e tratamento da síndrome da fibromialgia (FM).

Nota do blog: Etiopatogenia, ou etiologia, é o estudo do que provoca uma doença.

Muitos artigos tentaram estimar o grande impacto da Covid-19 na vida dos pacientes com fibromialgia, tanto do ponto de vista físico quanto mental.234

Além disso, cada vez mais atenção tem sido dada à fibromialgia juvenil, que está surgindo como uma entidade clínica distinta que precisa de diagnóstico imediato5 e que, igual a adulta, se for comórbida com uma doença reumática, aumenta a percepção de atividade da doença, facilitando a avaliação do médico.

As publicações mais importantes do ano passado centraram-se na etiopatogenia da fibromialgia. Uma das coisas que se deve ter em mente é a extrema importância do trauma na vida desses indivíduos. Uma metanálise6 de 19 estudos confirmou que existe uma associação significativa entre a exposição ao estressor e a fibromialgia em idade adulta, com as associações mais fortes observadas para abuso físico e abuso total; intermediário para abuso sexual e menor para trauma médico, outros estressores da vida e abuso emocional.

Além disso, uma teoria centrada em autoanticorpos está se desenvolvendo.7 Camundongos tratados com IgG de pacientes com fibromialgia apresentaram maior sensibilidade à estimulação nociva mecânica e fria. Fibras nociceptivas nos nervos da pele de camundongos tratados com FM IgG exibiram uma maior capacidade de resposta à estimulação fria e mecânica.

Do ponto de vista terapêutico, poucos estudos dignos de menção enfocaram o tratamento farmacológico da FM; em particular, ensaios clínicos bem conduzidos foram sobre cetamina e naltrexona em baixas doses.89

A maioria dos estudos se concentrou na neuroestimulação em pacientes com fibromialgia, em particular na estimulação magnética transcraniana repetitiva (rTMS) ou estimulação por corrente contínua (DCS).1011

Baseado em: “Síndrome de fibromialgia: o ano em revista”, de Valeria Giorgi e outros.  Fatebenefratelli Luigi Sacco University Hospital, Milão, Itália. 4th International Virtual Congress on Controversies in Fibrromyalgia.

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5 respostas

  1. Tratando e pesquisando origem e terapêuticas alternativas a medicação há mais de 20anos. Uerj.Hupe. Procursau, obrigada!

  2. É frustrante saber que não a nada que possa nos ajudar. Mais de 20 anos sofrendo de dores e tentando superar todos os dias

  3. Infelizmente Nada até o momento para nós que sofremos com essa doença que nos deixa tão incapases,são 21 anos de dores,alguns dias mais leves outros de dor intensa e insuportável,só nos resta continuar tendo esperança de uma descoberta que possa trazer alívio para nós que sofremos com dores 24 horas.

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