A via espinoreticular, além de fornecer respostas automáticas à dor, está envolvida no controle da modulação descendente, aspectos motivacionais-afetivos da dor, e também respostas motoras e auto vegetativas à dor. (Haber et al., 1982; Mense, 1983; Chapman et al., 1985; Zhang et al., 1990; Millan, 1999).

Transtornos depressivos frequentemente acompanham a dor persistente. Porém, ainda não se sabe qual condição leva à outra ou se existe uma diátese (propensão a) subjacente. Em um estudo, a ativação na amígdala e na ínsula anterior diferenciava pacientes com fibromialgia com e sem depressão maior; no entanto, mais estudos que abordem especificamente a interação entre dor e depressão são necessários para esclarecer a base neuroanatômica da comorbidade.

Devido à mielina presente nas fibras Aδ e Aβ, acabam por transmitirem impulsos nervosos 10 vezes mais rápidos que as fibras C. Em consequência, a ativação periférica de mecanorreceptores de alto-limiar ao longo das fibras Aδ e Aβ conduz para a medula espinhal rapidamente dor aguçada.

Fibras A-delta são fibras de condução rápida, responsáveis pela transmissão da dor aguda, que tem a função de alerta, é bem localizado e geralmente desaparece com a resolução do processo patológico, podendo se tornar crônica, em especial, quando o processo patológico persiste. A dor crônica, transmitida pelas fibras C, está associada a dano tecidual prolongado, processos patológicos crônicos ou injúria no Sistema Nervoso. Resulta de mudanças complexas na via nociceptiva incluindo mudança na expressão de receptores, transmissores e canais iônicos.

São três as fases. As dores da Fase 3 são associadas a estados dolorosos anormais, originados frequentemente de lesões dos nervos periféricos ou do Sistema Nervoso Central. Não são comuns.

Os nociceptores, são sensibilizados pela ação de substâncias químicas, denominadas algiogênicas, presentes no ambiente tissular: acetilcolina, bradicinina, histamina, serotonina, leucotrieno, substância P, fator de ativação plaquetário, radicais ácidos, íons potássio, prostaglandinas, tromboxana, interleucinas, fator de necrose tumoral (TNFα), fator de crescimento nervoso (NGF) e monofosfato cíclico de adenosina (AMPc).

O sistema neurológico é o mais rápido. Todos os sistemas orgânicos estão interrelacionados em termos de funcionamento (ex.: ao captar estímulos da dor). Esta concepção holística defende que o sistema imunológico está integrado e é interdependente da ação e regulação dos sistemas nervoso e endócrino. Face ao estresse produzido por uma lesão, todos esses sistemas – neural, endócrino, imunológico, motor – entram em ação, o neural tomando a dianteira por muito pouco.