O coronavírus pode viver de horas a dias em superfícies como bancadas e maçanetas. Quanto tempo dura depende do material do qual a superfície é feita e, com base nos resultados de uma pesquisa recém feita em Wuhan (China), em artigo publicado anteriormente, mencionei as principais. Ontem, no entanto, me deparei com um guia sobre o assunto postado num site sério da área da saúde. Nele, os tempos de sobrevivência do vírus nas superfícies do quadro acima aparecem mais ou menos coincidentes. Mas também outras superfícies são mencionadas e é por isso que, sob risco de parecer redundante, resolvi insistir no assunto.
“Eu odeio trabalhos domésticos. Você arruma as camas, lava a louça e seis meses depois precisa começar tudo de novo.”
Domingo 29 de Março. Vários médicos ligados a universidades e hospitais de ponta passam pela tela entonando o mesmo discurso arrepiante. Unanimemente. O Covid-19 é agressivo, imprevisível e implacável, diziam eles, com veemência incomum. Ataca qualquer um, não importa a idade. Relatos de colegas médicos indo parar na UTI, não para curar, mas para se curar. Sem vacina, sem remédio e sem tempo, ora qualquer idiota entende que o isolamento é a única opção, certo? Talvez tudo isso eu já soubesse, mas o medão que senti na hora, confesso, foi inédito, estranho… como se recém estivesse descendo num Guarulhos todo ensanguentado, vindo do planeta Marte.
Então, lembrei que a profissional da faxina que me assiste há anos deveria vir amanhã. Pois não virá. Na hora eu liguei para ela pedindo para ficar em casa. O seu salário fica, mas a dita cuja não – ao menos até eu ficar valente de novo. Por enquanto, a faxina eu mesmo farei. Risco zero ou quase, é isso que vou cultuar nos próximos dois meses, que é o prazo da quarentena que eu suspeito o Ministério da Saúde vai decretar logo, logo… um pouquinho antes de o Ministro ser demitido. Enfim, nem eu sabia que tinha tanto amor pela vida!
Tudo isso para justificar eu voltar a um tema-campeão-de-audiência do blog publicado dias atrás:
“Quanto tempo o coronavírus vive nas superfícies?”
O post Cuidado onde apoia suas mãos: o corona nas superfícies então publicado apontava que esse vírus se espalha por contaminação humana, quando as gotículas infectadas de Fulano, via tosse ou espirro, vão parar na boca, nariz ou olhos de Sicrano. Este também pode pegar o vírus se tocar em uma superfície ou objeto com o vírus e, em seguida, tocar sua boca, nariz ou olhos.
E que superfícies seriam essas? O coronavírus pode viver de horas a dias em superfícies como bancadas e maçanetas.
Quanto tempo, depende do material do qual a superfície é feita e, com base nos resultados de uma pesquisa recém feita em Wuhan (China), naquele post mencionei as seguintes:
- Até 4 horas em cobre
- 24 horas em papelão, e
- 2 ou 3 dias em plásticos e aço inoxidável
Ontem, no entanto, me deparei com um guia sobre o assunto postado num site sério da área da saúde.
Nele, os tempos de sobrevivência do vírus nas superfícies do quadro acima aparecem mais ou menos coincidentes. Mas também outras superfícies são mencionadas e é por isso que, sob risco de parecer redundante, resolvi insistir no assunto.
Vejamos:
Metal | Maçanetas, joias e talheres | 5 dias |
Madeira | Móveis e decks | 4 dias |
Plásticos | Embalagens como recipientes de leite e garrafas de detergente, assentos de metrô e ônibus, mochilas e botões do elevador | 2 a 3 dias |
Aço inoxidável | Geladeiras, tachos e panelas, pias e algumas garrafas de água | 2 a 3 dias |
Papelão | Caixas de remessa | 24 horas |
Cobre | Moedas, chaleiras e utensílios de cozinha | 4 horas |
Alumínio | Latas de refrigerante, papel alumínio e esquadrias de janelas | 2 a 8 horas |
Vidro | Copos, copos de medição, espelhos e janelas | até 5 dias |
Cerâmica | Pratos e canecas | 5 dias |
Papel | Algumas cepas de coronavírus vivem por apenas alguns minutos no papel, enquanto outras vivem por até 5 dias | até 5 dias |
Comida | O coronavírus parece não se espalhar através da exposição a alimentos. Ainda assim, é uma boa ideia lavar frutas e legumes em água corrente antes de comê-los. Esfregue-os com um pincel ou com as mãos para remover quaisquer germes que possam estar em sua superfície. Lave as mãos depois de visitar o supermercado. Quem tem um sistema imunológico enfraquecido deve comprar produtos congelados ou enlatados.
Nota do blog: Esta última recomendação pode parecer estranha, porém faz sentido quando dirigida a pessoas com baixa imunidade. A intoxicação alimentar é causada pela ingestão de alimentos contaminados por bactérias, vírus ou parasitas. Os alimentos podem ser contaminados por esses microrganismos a qualquer momento antes de serem ingeridos. |
– |
Água | Até agora o coronavírus não foi encontrado na água potável. Se entrar no suprimento de água, a estação de tratamento de água local filtra e desinfeta a água, o que deve matar todos os germes. | – |
O que fazer
Para reduzir a chance de pegar ou espalhar o coronavírus, limpe e desinfete todas as superfícies e objetos em sua casa e escritório todos os dias. Isso inclui: bancadas, tabelas, maçanetas, louças sanitárias, telefones, teclados, controles remotos, toaletes.
Lembre-se: As pessoas infectadas podem não apresentar sintomas, mas ainda podem derramar o vírus em superfícies. Essas pessoas, as chamadas de assintomáticas na mídia, constituem nada menos que um quarto de toda a população infectada.
Nota do blog:
Sobrevivência do coronavírus no ar
Quando o vírus fica suspenso em gotículas menores que cinco micrômetros (conhecidos como aerossóis), ele pode ficar suspenso por cerca de meia hora, disseram os pesquisadores, antes de cair e pousar em superfícies onde pode permanecer por horas. (Na configuração experimental do estudo, o vírus permaneceu suspenso por três horas, mas cairia muito mais cedo na maioria das condições.) A descoberta do aerossol, em particular, é inconsistente com a posição da Organização Mundial da Saúde de que o vírus não é transportado por via aérea.
Na semana passada, o Dr Fauci que comanda o circo sanitário nos EUA e que dizem ser quem convenceu o Trump que a Terra não é quadrada, afirmou que falar e/ou respirar efetivamente pode expelir aerossóis por dois pés, ou dois terços de um metro, antes de sumir no ar. O achado fora feito por pesquisadores da Universidade de Nebraska e comunicado ao Trump por uma academia científica americana. O bom doutor Fauci nada diz sobre o tempo que gotículas e aerossóis provenientes de uma tosse ou, pior ainda, de um espirro, poderiam sobreviver. Portanto, a bom entendedor poucas palavras: use máscara feita de saco de batatas.
Em suma, a família de vírus que inclui o que causa o COVID-19 pode viver durante horas ou dias em algumas das superfícies em que você toca diariamente. Contudo, nem tudo é sabido. Por exemplo, ainda é ignorado se a exposição ao calor, ao frio ou à luz do sol afeta o tempo que ele vive nas superfícies.1[Internet] nytimes.com. Acesse o link