Mais uma semana em que o número de acometidos diariamente pela Covid-19 nos Estados Unidos superou a marca histórica atingida desde o começo da pandemia. E os sistemas de saúde na Europa e na América do Norte estão perto do colapso. Veja as notícias mais importantes dessa última semana.
Sistemas de saúde na Europa e na América do Norte perto do colapso. Sério.
A mídia fala todo dia de Espanha, Reino Unido, França, Portugal… A Europa não é só isso.
A Bélgica ontem decretou um lockdown nacional, como a “última chance” para evitar que seus hospitais colapsem. Todo o trabalho hospitalar não essencial foi adiado para lidar com os números de novos pacientes que dobraram na semana passada, igualando os níveis vistos na primeira onda da pandemia.
A Croácia pediu a ex-médicos que saíssem da aposentadoria para ajudar nos hospitais, enquanto tropas da Guarda Nacional voaram dos Estados Unidos para a República Tcheca para ajudar os sobrecarregados profissionais de saúde de lá.
Na Holanda, novos infectados tiveram que ser transferidos de helicóptero para a Alemanha para desafogar as UTIs holandesas.
A República Tcheca e a Polônia impuseram restrições severas na primavera e viram taxas de infecção mais baixas, mas o aumento no número de casos neste outono revelou uma escassez crítica de enfermeiras, médicos e leitos de terapia intensiva.
Na Bulgária, muitos profissionais de saúde estão adoecendo com o vírus, e um médico aclamado se tornou o 19º profissional a morrer do vírus no início deste mês.
Como os novos casos mudam a cada dia
A trajetória da Covid-19 na América do Norte (Canadá inclusive) está piorando rapidamente. Há estados (ex.: Dakota do Norte), onde a positividade é de 50% (!!!), e a administração sanitária nem mais dá conta de fazer o rastreamento de contatos.
Segundo matéria da CNN International, hoje um americano é infectado a cada segundo, e dois morrem a cada dois minutos. Em todos os estados, menos dois, os novos casos de Covid-19 estão em alta e alguns começaram a “desflexibilizar”. Duas dúzias de estados estão relatando suas piores semanas para novos casos.
Em contrapartida, Taiwan completou 200 dias sem contaminação doméstica.
Mentiroso compulsivo
Olímpico, o Idiota do Topete diz que os casos da Covid-19 nos Estados Unidos estão “bem reduzidos“, apesar de quase meio milhão de pessoas terem contraído o vírus no país nos últimos sete dias. Ontem o país quebrou o recorde diário dos 99.000 novos casos. Segundo os matemáticos da University of Washington o acumulado de mortes em fevereiro superará as 400 mil (hoje é a metade disso).
A sobrevivência à Covid-19 melhorou
As taxas de sobrevivência melhoraram com os avanços médicos e hospitais menos lotados, dizem estudos. Em um hospital de Nova York, onde 30% dos pacientes com coronavírus morreram em março, a taxa de mortalidade caiu para 3% no final de junho.
Os médicos na Inglaterra observaram uma tendência semelhante. No final de março, quatro em cada 10 pessoas em terapia intensiva estavam morrendo. No final de junho, a sobrevivência era superior a 80%.
Contudo, em ambos os países a taxa de hospitalização disparou nas últimas duas semanas. Isso vai afetar a taxa de morte.
E por que melhorou?
Muita gente se pergunta por que o número de novos infectados com a Covid-19 aumenta e o dos mortos, diminui. As razões são especulativas, mas fazem sentido. Primeiro, os idosos passaram a tomar precauções para evitar infecções, e agora a boa parte dos pacientes hospitalizados são adultos jovens (45 anos), mais saudáveis e resistentes. Segundo, hoje compreende-se melhor quando as pessoas precisam usar ventiladores e quando não precisam, e quais complicações observar, como coágulos sanguíneos e insuficiência renal. Terceiro, sabe-se quais esteroides são úteis, e possivelmente alguns outros medicamentos. Quarto, os médicos compartilham informações e colhem percepções de uma enxurrada de estudos compartilhados com uma velocidade sem precedentes.
O vírus muda mais, mas infecta o mesmo
Embora o vírus tenha mudado lentamente à medida que se espalha, e alguns especulem que ele se tornou mais facilmente transmissível, a maioria dos cientistas diz que não há evidências sólidas de que ele tenha se tornado menos ou mais virulento.
As vacinas vêm aí!
Os pesquisadores estão testando 49 vacinas em ensaios clínicos em humanos, e pelo menos 88 vacinas pré-clínicas estão sob investigação ativa em animais.
Por que o teste da Coronavac em SP precisou de mais voluntários?
A eficácia da vacina é determinada pela comparação de quantas pessoas em cada grupo – o grupo da vacina e o grupo do placebo – desenvolvem a doença. Se muito mais pessoas no grupo do placebo forem infectadas, isso significa que a vacina funciona. A “vacina chinesa”, ou a “vacina-do-Dória-futuro-adversário-do-Bolsonaro-na-próxima-eleição-presidencial “, se preferir, está na Etapa 3 e aumentou o número da amostra porque o número de 64 infectados ficou em risco com a amostra original.