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Coronavírus: qual o seu grupo de risco e o que isso significa?

Coronavírus: qual o seu grupo de risco e o que isso significa?

O Guardian Australia conversou com o Prof John Wilson, presidente eleito do Royal Australasian College of Physicians e um médico especializado em respiração. Ele diz que quase todas as sérias consequências da Covid-19 apresentam pneumonia. Mas também diz que nem todos os contagiados com o vírus chegam nesse ponto. Longe disso, aliás.

“O coronavírus que causa o COVID-19 parece se espalhar como gripe, pelo ar, de pessoa para pessoa. Ao contrário do Ebola, SARS e MERS, ele pode ser transmitido por indivíduos antes do início dos sintomas ou mesmo se não adoecerem.”

Artigo do The New York Times, com Mark Olshaker, 24 de fevereiro de 2020

As pessoas que pegam o Covid-19 podem ser divididas em quatro grandes categorias

As menos graves são aquelas pessoas que são “subclínicas” e que têm o vírus, mas não apresentam sintomas.

A seguir, estão as que recebem uma infecção no trato respiratório superior, que, diz Wilson, “significa que uma pessoa tem febre e tosse e talvez sintomas mais leves, como dor de cabeça ou conjuntivite”.

Essas pessoas com sintomas menores ainda são capazes de transmitir o vírus, mas podem não estar cientes disso. São as “assintomáticas”.

O terceiro e maior grupo é o daqueles que desenvolvem os mesmos sintomas semelhantes aos da gripe.

Aqui começam as más notícias, mas nem tanto

Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de 80% das pessoas com Covid-19 se recuperam sem a necessidade de tratamento especializado. Para quem vê o copo cheio, ainda que ele esteja pela metade, eis uma boa notícia.

Mais uma boa notícia, em termos: em Wuhan, descobriu-se que, daqueles que deram resultados positivos e procuraram ajuda médica, cerca de 6% tiveram uma doença grave”. Esses geralmente tinham desenvolvido “dificuldade em respirar” ou dispneia.

Esses dados batem mais ou menos com o que tem sido visto por aqui. Segundo relatado na última coletiva de imprensa das autoridades a cargo do monitoramento do Covid-19 em São Paulo (17/03/20), falou-se em 5% do total de infectados até o momento, sendo quase dois terços desse contingente composto por idosos. Ou seja, apenas pouco menos que 17% do total de infectados.

A má notícia – péssima, aliás – é que um terço desse pessoal acaba desenvolvendo uma doença grave que apresenta pneumonia. Ela é uma infecção que inflama os sacos de ar em um ou ambos os pulmões, que podem ficar cheios de líquido ou pus. Eis o quarto e último grupo de risco.

“Cuidem dos idosos. É hora do filho cuidar do pai”.

– Ministro Mandetta.

A pneumonia, enfim, pode ser fatal para qualquer pessoa, mas particularmente para bebês, crianças e pessoas com mais de 65 anos. No caso da pneumonia causada pelo Covid-19, especialmente este último grupo, o dos idosos.

E como é que o infectado do terceiro grupo sabe que pode estar indo para o quarto grupo?

Segundo o pneumologista Carlos Alberto de Barros Franco, “…que trata de seis pacientes com Covid-19, a evolução para um quadro grave costuma ocorrer entre o segundo e o quinto dia após o aparecimento dos sintomas.”

“A luz acende quando surge febre e quando ela se eleva. E quando a pessoa fica vermelha ao sentir dificuldade respiratória. O principal elemento é a falta de ar. Se isso acontecer, aí sim, a pessoa deve procurar o médico ou um hospital.”

Não é necessário ser bom de cálculo para projetar o que significam essas estatísticas num país de mais de 200 milhões de habitantes, com uma proporção enorme deles morando em comunidades onde as moradias são acanhadas e as vielas estreitas. Você já percebeu – e estranhou – o semblante preocupado e contrito das autoridades da saúde que aparecem na TV falando sobre o vírus e pedindo para você “fazer a sua parte, ficando em casa”? Agora entende por quê.

“Era óbvio, semanas atrás, para aqueles de nós na linha de frente da saúde pública que o rastreamento de contatos, na melhor das hipóteses, retardaria o vírus [COVID-19] temporariamente e nunca impediria que ele se espalhasse amplamente pelos EUA – nunca.”

CNN, 10 de março de 2020

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