O conhecimento sobre a Cannabis Medicinal no Brasil é privilégio de alguns profissionais da saúde. Os pacientes estão no limbo. Usando uma linguagem acessível, o Curso Cannabis Medicinal para Leigos preenche esse vazío. Ele cobre rigorosamente o que hoje a ciência tem a dizer sobre a Cannabis Medicinal a quem se interessar por usá-la em benefício da própria saúde ou da saúde da família.
Como tudo o que o dorcronica.blog.br oferece, o Curso Cannabis Medicinal Para Leigos é gratuito. Relaxe, ele é um bom curso. Aqui não trocamos qualidade por preço.
CURSO
Cannabis Medicinal para Leigos
O que hoje você não sabe sobre a cannabis medicinal pode lhe fazer falta amanhã.
Informe-se aqui: História e Introdução (Módulo 1), O Sistema Endocanabinoide (Módulo 2), Como Funciona a Cannabis no Corpo (Módulo 3), Uso (Módulo 4), Cannabis no Brasil e no Mundo (Módulo 5) e Perguntas Frequentes (Módulo 6).
FAQ E GLOSSÁRIO
Dúvidas Frequentes
O propósito deste FAQ e do Glossário é dar informações a quem cogita escolher a Cannabis Medicinal como terapia (complementar), permitindo avaliar a conveniência disso. São várias questões seguidas das respectivas respostas, baseadas no que hoje a ciência diz sobre o tema – e não especulações sobre o que ela pode vir a dizer amanhã. Informações básicas e fundamentais, que em nenhum caso devem passar por recomendações médicas ou análises profundas.
A maconha parece melhorar o sono em certos casos. Para pessoas com certas condições como dor crônica, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e esclerose múltipla, a maconha pode ajudá-los a adormecer mais rápido, acordar menos durante a noite e desfrutar de uma melhor qualidade de sono em geral. Um estudo recente também descobriu que a maconha alivia efetivamente os sintomas de pessoas com síndrome das pernas inquietas. 1[Internet] sleepfoundation.org. Acesse o link.
Sim, em princípio. Estudos descobriram que o óleo CBD pode possuir potentes propriedades anticancerígenas capazes de ajudar a reduzir a taxa de propagação das células malignas. Além disso, o CBD sinaliza o sistema endocanabinoide do corpo (ECS) para produzir mais de seus mensageiros terapêuticos (endocanabinoides) para restaurar o estado de homeostase. Através da apoptose, o CBD parece capaz de eliminar células cancerígenas da leucemia. No entanto, é importante lembrar que faltam ensaios clínicos nessa área, e a maioria das pesquisas vem de modelos animais e relatos de casos humanos.
Fonte: CFAH
Respondido por: Alexandra Cardelli – Ciências Biológicas, UNICAMP
As pesquisas existentes de curto e longo prazo que avaliam os resultados do uso da Cannabis na saúde ainda são limitadas e pouco conclusivas, porém o alívio da dor crônica figura entre as razões mais comumente citadas para o seu uso medicinal.
Um relatório de 2017 que apresentou os efeitos da Cannabis na saúde, descreveu que há “evidências conclusivas ou substanciais” de que a Cannabis é eficaz para tratamento da dor crônica em adultos.
Um estudo de revisão sobre canabinoides para uso clínico, que examinou 28 ensaios randomizados e englobou 2.454 pacientes com dor crônica, indicou que, em comparação com placebo, os canabinoides foram associados a uma maior redução da dor. Nesta revisão, a neuropatia foi a fonte de dor crônica mais citada.
Existem estudos que analisam o uso medicinal da Cannabis em doenças crônicas como: fibromialgia, enxaqueca, artrite, esclerose lateral amiotrófica, doença de Alzheimer, epilepsia, esclerose múltipla e transtornos mentais (ansiedade, estresse pós-traumático, transtorno do espectro autista, problemas de sono). Porém, isso não implica em que a Cannabis seja terapeuticamente eficaz em todos esses casos. Uma revisão de artigos sobre estudos relativamente recentes (2008-2022) publicada no dorcronica.blog nessa semana (11/04-16/04) conclui que no momento apenas na epilepsia e no autismo as evidências podem ser consideradas de qualidade minimamente aceitável.
Essa é a conclusão dos cientistas. Os médicos habilitados na prescrever Cannabis hoje já indicam Cannabis em diversas formulações para condições de saúde de todo tipo. O paciente com dor crônica deve analisar com o seu médico/médica, desde que ele ou ela esteja bem informado(a) sobre o tema Cannabis Medicinal, todas as possibilidades de tratamento.2Hill KP, Palastro MD, Johnson B, Ditre JW. Cannabis and Pain: A Clinical Review. Cannabis and Cannabinoid Research. 2017 Jan;2(1):96–104.
Acadêmicas LIED: Dayane Van Den Bossche – Biomedicina e Isabella Augusta Silva – Odontologia
Isso é um mito, especialmente para aqueles com menos de 25 anos. Pesquisas mostram que seu cérebro não termina de se desenvolver até os 25 anos e o THC pode mudar partes do seu cérebro à medida que se desenvolve. 3[Internet] durham.ca. Acesse o link.
A pesquisa atual sobre o papel dos canabinoides no sistema imunológico mostra que eles possuem propriedades imunossupressoras. Os canabinoides se constituem como promissores agentes imunossupressores e antifibróticos na terapia de doenças autoimunes e inflamações crônicas. 4[Internet] amame.org.br. Acesse o link.
A cannabis tem um perfil de segurança superior em comparação com muitos outros medicamentos, e não há mortes registradas devido a uma overdose de cannabis. Os efeitos colaterais relacionados ao THC são mais comuns, mas podem ser reduzidos ou evitados por uma estratégia de dosagem “comece baixo e vá devagar”. 5[Internet] greenleafmc.ca. Acesse o link.
Pode ser. Ratos com ossos quebrados se curaram muito mais rápido quando receberam o componente não psicótico da maconha, canabidiol ou CBD. O estudo israelense, publicado no Journal of Bone and Mineral Research, descobriu que os ossos não apenas se curavam mais rápido, mas também eram mais fortes e resistentes a fraturas repetidas. Eles tinham muito menos probabilidade de quebrar novamente. 6[Internet] timesofisrael.com. Acesse o link.
Eis um campo de pesquisa em crescimento. Exemplo: um ano desde que a lei do Reino Unido mudou para permitir a prescrição de cannabis medicinal, os pesquisadores estão explorando o potencial da droga para o tratamento de transtorno de estresse pós-traumático, esquizofrenia e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. 7[Internet] pharmaceutical-journal.com. Acesse o link.
Vários estudos de pesquisa mostram que a cannabis pode ajudar na insônia e melhorar a qualidade do sono. Os pacientes experimentaram efeitos colaterais mínimos, acordaram sentindo-se mais descansados e apresentaram melhorias na fadiga, estresse e funcionamento social. 8[Internet] auscannabisclinics.com.au. Acesse o link.
Sim. Ela ajuda a reduzir os sintomas de hiperexcitação que levam a evitar as emoções dolorosas. Para iniciar o processo de recuperação, devemos começar a transformar o trauma em palavras. A fim de converter as memórias dolorosas, devemos nos sentar dentro delas. Usar cannabis nos permite sentar nas emoções dolorosas e confrontar com a lógica, em vez de evitar a emoção. Evitar emoções leva a comportamentos desadaptativos que criam um processo de pensamento negativo de ciclo fechado. Esse processo de pensamento de circuito fechado se torna muito difícil de desvendar quanto mais é repetido. A abordagem ‘terapêutica’ através da terapia da fala visa alcançar exatamente isso. A cannabis incorporada com uma abordagem terapêutica estruturada acelerará a estabilidade, a recuperação e a funcionalidade contínua. 9[Internet] vahahealth.com. Acesse o link.
Sim. Foi sugerido que os compostos podem ser valiosos em condições como artrite reumatoide e osteoartrite. O canabidiol tem ação dupla: diminui a resposta do sistema imunológico e é anti-inflamatório. Daí sua eficiência no combate à artrite reumatóide, que, além da inflamação, está ligada a uma reação auto-imune (ataque do sistema de defesa ao próprio corpo). 10[Internet] uspharmacist.com. Acesse o link.
Sim, a cannabis pode ser usada no lugar ou em combinação com opioides. Isso ocorre porque a cannabis, que interage com o sistema endocanabinoide, é muito semelhante ao sistema opioide do corpo. Isso o torna uma ferramenta eficaz para ajudar pacientes que desejam reduzir ou remover completamente os opioides de seu regime de controle da dor. 11[Internet] health.ucsd.edu. Acesse o link.
Sim. Um estudo afirma que “No geral, o CBD adjuvante mostrou-se geralmente seguro e eficaz para convulsões resistentes ao tratamento em crianças com epilepsia grave de início precoce”. Outro reportou: “O canabidiol é uma opção de tratamento em crianças e adultos jovens com epilepsia refratária grave que não as síndromes de Dravet e Lennox-Gastaut, mas a avaliação cuidadosa de seus efeitos é importante para diminuir o tratamento caso não haja efeito do tratamento.” 12[Internet] ugeskriftet.dk. Acesse o link.
Não. A cannabis sintética (por exemplo, K2 e Spice) tem riscos de saúde ainda mais graves, incluindo a morte. Evite usar esses produtos. 13[Internet] durham.ca. Acesse o link.
O CBD é conhecido como um relaxante muscular, melhorador de humor, impulsionador de ácido gama-aminobutírico (GABA) e acredita-se que aumente os níveis de produtos químicos que inibem a expressão excessiva de impulsos nervosos no cérebro e no corpo. O CBD pode, portanto, ser útil para indivíduos com paralisia cerebral espástica que podem ter problemas com músculos rígidos e movimentos espásticos. 14[Internet] mycerebralpalsychild.org. Acesse o link.
O THC também pode ser usado. O extrato oral de cannabis e o THC sintético são provavelmente eficazes para reduzir os sintomas de espasticidade e dor relatados pelo paciente, mas não o tremor ou a espasticidade relacionados à EM, mensuráveis por testes administrados pelo médico. 15[Internet] nationalmssociety.org. Acesse o link.
Sabe-se que os pais estão tentando encontrar tratamentos para as condições médicas de seus filhos. No entanto, o uso de drogas não testadas pode ter consequências imprevisíveis e não intencionais. O FDA continua apoiando pesquisas sólidas e cientificamente baseadas nos usos medicinais de medicamentos que contenham cannabis ou compostos derivados de cannabis, e continuará trabalhando com empresas interessadas em trazer produtos seguros, eficazes e de qualidade ao mercado. 16[Internet] sechat.com.br. Acesse o link.
Nenhuma evidência confiável mostra que a maconha torna as pessoas mais inclinadas a usar outras drogas. Essa, pelo menos, foi a conclusão de um inquérito de 96 páginas do Departamento de Justiça e da Biblioteca do Congresso Americano em 2018. “Nenhum nexo causal entre o uso de cannabis e o uso de outras drogas ilícitas pode ser reivindicado neste momento”, escreveram os autores.17[Internet] washingtonpost.com. Acesse o link.
A maconha medicinal recebeu muita atenção há alguns anos, quando os pais disseram que uma forma especial da droga ajudava a controlar as convulsões em seus filhos. A FDA aprovou recentemente o Epidiolex, que é feito de CBD, como uma terapia para pessoas com convulsões muito graves ou difíceis de tratar. Em estudos, algumas pessoas tiveram uma queda dramática nas convulsões depois de tomar este medicamento. 18[Internet] webmd.com. Acesse o link.
Há apenas um estudo em andamento sobre maconha medicinal para lúpus. Esse estudo está analisando se um novo medicamento em potencial feito a partir de um canabinoide sintético pode tratar a dor e o inchaço nas articulações (inflamação) em pessoas com lúpus.
Até que mais pesquisas sejam feitas, não sabemos se a maconha medicinal pode ajudar as pessoas com lúpus. Não sabemos se pode aliviar os sintomas do lúpus, se interage com medicamentos usados para tratar esses sintomas ou se pode diminuir os efeitos colaterais desses medicamentos. 19[Internet] lupus.org. Acesse o link.
Há uma grande variedade de produtos à base de Canabidiol (CBD). Por isso, sempre consulte um médico especialista para descobrir a dose adequada ao seu tratamento. O médico é o único profissional indicado para a prescrição de produtos de Cannabis com fins medicinais. 20[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
Sim. Trata-se de uma das possíveis consequências do uso da Cannabis medicinal. Os seguintes efeitos e sintomas foram observados no decorrer do período de abstinência: náusea, diminuição do apetite, irritabilidade, nervosismo, inquietação, tremores, distúrbios do sono, dor de estômago e sudorese. É importante salientar que a sintomatologia da síndrome de abstinência tem seu estopim majoritariamente instaurado logo no primeiro dia após a cessação do uso da Cannabis medicinal, retornando-se à normalidade em duas semanas.21Babson KA, Bonn-Miller MO. Sleep Disturbances: Implications for Cannabis Use, Cannabis Use Cessation, and Cannabis Use Treatment. Current Addiction Reports. 2014 Mar 18;1(2):109–14.22Wilsey B, Atkinson JH, Marcotte TD, Grant I. The Medicinal Cannabis Treatment Agreement: Providing Information to Chronic Pain Patients via a Written Document. The Clinical journal of pain [Internet]. 2015 Dec 1 [cited 2021 Apr 22];31(12):1087–96. Available from: [Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.
Acadêmicos LIED: Dayane Van Den Bossche – Biomedicina, Dulcinéa Luiza de Andrade Bugati – Nutrição, Giuliana Lugarini – Medicina, Isabella Augusta Silva – Odontologia e Nilziano José da Silva Santos – Nutrição
Existem riscos de saúde e segurança para cada uma das diferentes maneiras de consumir maconha, e os cientistas não têm evidências suficientes para dizer que consumir maconha de uma maneira é mais seguro do que de outra. Por exemplo, fumar maconha pode expor você e as pessoas ao seu redor a produtos químicos nocivos.23[Internet] cdc.gov. Acesse o link.
Deve-se ter cuidado ao prescrever para atletas, pois o THC pode fazer parte da lista antidopping. Nestes casos, deve-se indicar o cannabidiol purificado. 24[Internet] pebmed.com.br. Acesse o link.
Pacientes com fibromialgia frequentemente relatam o uso de cannabis para controlar com sucesso os sintomas da doença. Especialistas na área sugeriram que a FM está entre uma classe de doenças que podem se originar em uma deficiência clínica de endocanabinoides (subprodução de canabinoides endógenos). E vários estudos em humanos documentaram o uso bem-sucedido de canabinoides em pacientes com FM. 25[Internet] norml.org. Acesse o link.
Porque o assunto ainda é pouco pesquisado quando se trata de testes em humanos e faltam ensaios clínicos nessa área, e a maioria das pesquisas vem de modelos animais e relatos de casos humanos. 26[Internet] cfah.org. Acesse o link.
Os canabinoides não apenas produzem efeitos terapêuticos nos tumores, mas também ajudam a mitigar certos efeitos colaterais dos tratamentos convencionais. O CBD pode ser útil para aliviar os efeitos colaterais da quimioterapia e radiação, incluindo: Inflamação e dor; Insônia e privação do sono; Náusea e vômito e Depressão. O CBD também pode ter efeitos anticancerígenos que têm o potencial de interromper o crescimento de células malignas. No entanto, é importante lembrar que faltam ensaios clínicos nessa área, e a maioria das pesquisas vem de modelos animais e relatos de casos humanos. 27[Internet] cfah.org. Acesse o link.
Não é indicado como tratamento de primeira linha, mas como medicação coadjuvante. Os canabinoides são uma ferramenta na gestão do paciente com dor crônica, podendo diminuir até 30% as escalas de dor. Seus efeitos relatados são: diminuição de dor, aumento da tolerância à dor, melhora da qualidade de vida, retorno às atividades de vida diária. 28[Internet] pebmed.com.br. Acesse o link.
Com base no guia do livro “CBD: Um guia do paciente para a maconha medicinal” de Leinow & Birnbaum, é recomendado o método Step-Up, no qual a dose dos óleos de CBD é gradualmente aumentada até que os resultados desejados sejam alcançados. Segundo os autores, a dose recomendada de CBD para os sintomas de transtornos de ansiedade é a microdose (aumentando para uma dose padrão, se necessário). 29[Internet] hemppedia.org. Acesse o link.
Os produtos líquidos e em cápsulas podem ser armazenados em temperatura ambiente e ao abrigo de luz, calor e umidade excessivos. 30[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
Os produtos pastosos, dispostos em aplicador oral, devem ser armazenados em geladeira após abertos para manter a consistência do produto no momento da coleta. 31[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
A pesquisa sobre como a maconha interfere com outros medicamentos é limitada. Mas, geralmente é aconselhável que você não misture maconha com o seguinte:
- Quaisquer medicamentos que sejam depressores do SNC, como sedativos ou tranquilizantes
- Álcool
- Anticoagulantes ou medicamentos antiplaquetários, ervas e suplementos
- Inibidores de protease
- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina
Você deve discutir possíveis efeitos colaterais, riscos e benefícios com seu médico.32[Internet] pennmedicine.org. Acesse o link.
A cannabis pode ser fumada, vaporizada, tomada por via oral, sublingual, tópica ou retal. Diferentes vias de administração resultam em diferentes características como tempo de início dos efeitos, duração etc. Converse com seu médico. 33[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão que regulamenta e aprova os produtos de cannabis no país. Há um total de sete produtos de Cannabis aprovados com base na RDC 327/2019 – uma norma recente, com menos de dois anos, mas que tem permitido que produtos produzidos por empresas certificadas quanto às Boas Práticas de Fabricação, que foram totalmente avaliados em relação à sua qualidade e adequabilidade para uso humano, possam ser disponibilizados à população brasileira. 34[Internet] Anvisa. Acesse o link.
Uma das consequências que o uso da Cannabis medicinal pode gerar é a dependência. O vício e a dependência da cannabis estão relacionados aos efeitos das substâncias que a compõe associados a aspectos físicos e psicológicos. Portanto, é importante compreender que apesar do potencial terapêutico dos canabinoides, eles não estão isentos de eventos adversos como psicose, ansiedade, paranoia, dependência e abuso.35Maharajan MK, Yong YJ, Yip HY, Woon SS, Yeap KM, Yap KY, et al. Medical cannabis for chronic pain: can it make a difference in pain management? Journal of Anesthesia. 2019 Sep 18;34(1):95–103.36Schlag AK, Hindocha C, Zafar R, Nutt DJ, Curran HV. Cannabis based medicines and cannabis dependence: A critical review of issues and evidence. Journal of Psychopharmacology. 2021 Feb 17;026988112098639.
Acadêmica LIED: Noemi Siqueira – Fisoterapia
Os sinais de que seu animal de estimação pode estar sofrendo efeitos adversos ao ingerir Cannabis podem incluir letargia, depressão, baba pesada, vômito, agitação, tremores e convulsões.37[Internet] sechat.com.br. Acesse o link.
Depende. Por conta do efeito comitiva (entourage effect), muitas vezes o full spectrum é significativamente melhor, mas existem as exceções. Com a atuação de todos os componentes extraídos, fica um pouco mais difícil controlar o resultado final. No entanto, essa gama de substâncias agindo em conjunto sobre diferentes tipos de receptores permite que os produtos possam atuar em diversas patologias, basta encontrar a composição e a dose correta. 38[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
Os medicamentos à base de canabinoides são uma estratégia psicofarmacológica promissora para tratar pacientes com NPS (relacionados à demência) moderada ou avançada. Em geral, os estudos com canabinoides medicinais mostraram resultados favoráveis, embora alguns não forneçam eficácia convincente. Basicamente, os compostos são bem tolerados, mas, dada a vulnerabilidade dos pacientes com demência, eles requerem monitoramento adequado pelo médico. 39[Internet] scielo.br. Acesse o link.
Sim. Para que você tenha uma melhor e mais rápida absorção dos canabinoides, o mais indicado é administrá-los com alimentos com “triglicerídeos de cadeia média”, encontrados em grandes quantidades nos óleos de coco e de palma. 40[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
Infelizmente ainda não, tanto para uso recreativo quanto medicinal. Ao rigor da Lei, o plantio de cannabis, mesmo em pequenas quantidades, configura crime de tráfico de drogas. Apesar de uma legislação ultrapassada, muito se tem discutido sobre o “Plantio de cannabis para consumo próprio”. Tem sido entendimento de alguns magistrados brasileiros que o plantio de cannabis, desde que comprovado que é para consumo próprio, não é tráfico de drogas e o delito é desclassificado para “porte de drogas”. Ação movida pelo Ministério Público Federal de Brasília (Processo nº 0090670 -16.2014.4.01.3400), que corre na 16ª vara do Tribunal Regional Federal da Primeira Região contra a ANVISA e União, prevê a importação de sementes para plantio medicinal. Este processo, conta com decisão preliminar que atualmente, está em fase de recursos. 41[Internet] amame.org.br. Acesse o link.
Produtos ricos em tetrahidrocanabinol (THC) têm sido associados a 42[Internet] nps.org.au. Acesse o link.:
- Sentir-se ‘chapado’
- Depressão
- Confusão
- Alucinações
- Delírios paranóicos
- Psicose, e
- Distorção cognitiva (ter pensamentos que não são verdadeiros).
Você não pode morrer diretamente por tomar cannabis, no entanto, é possível ter uma overdose e ficar fisicamente doente (náuseas, vômitos), experimentar extrema ansiedade, paranóia e psicose de curto prazo (perda de contato com a realidade). Esses efeitos podem levar várias horas para desaparecer, dependendo de como a cannabis foi consumida. O risco de overdose é especialmente alto se você consumir produtos de cannabis comestíveis caseiros, pois geralmente não é possível medir com precisão sua dosagem.43[Internet] gov.mb.ca. Acesse o link.
Estudos implicam eficácia moderada para vários tipos de dor musculoesquelética aguda e crônica. Além disso, existe pouca evidência indicando que os canabinoides causam reações adversas graves, embora eventos adversos não graves tendem a ser comuns quando o tratamento possui duração superior a 2 semanas. Os eventos adversos frequentemente citados são: tontura, sonolência, boca seca, náusea, fadiga, dor de cabeça e euforia.
Sugere-se que os canabinoides sejam analgésicos fracos, e não está claro se as reduções relatadas sobre a dor, antes e depois do uso de Cannabis, estão relacionadas a fatores como: dose, método de administração, substâncias selecionadas, idade ou sexo do paciente.
Ademais, estudos mostram que a Cannabis reduz a gravidade percebida da dor em 40-50% nos pacientes com dores musculares. No entanto, essas reduções parecem diminuir ao longo do tempo, sendo necessário o uso de doses maiores pelos pacientes, sugerindo que a tolerância analgésica se desenvolve com o uso contínuo.44Cuttler C, LaFrance EM, Craft RM. A Large-Scale Naturalistic Examination of the Acute Effects of Cannabis on Pain. Cannabis and Cannabinoid Research. 2020 Oct 23.45Johal H, Vannabouathong C, Chang Y, Zhu M, Bhandari M. Medical cannabis for orthopaedic patients with chronic musculoskeletal pain: does evidence support its use? Therapeutic Advances in Musculoskeletal Disease. 2020 Jan;12:1759720X2093796.46Maharajan MK, Yong YJ, Yip HY, Woon SS, Yeap KM, Yap KY, et al. Medical cannabis for chronic pain: can it make a difference in pain management? Journal of Anesthesia. 2019 Sep 18;34(1):95–103.
Acadêmicas LIED: Dayane Van Den Bossche – Biomedicina e Isabella Augusta Silva – Odontologia
- Doença de Alzheimer
- Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
- Transtorno do Espectro Autista
- Dor crônica
- Diabetes Mellitus
- Epilepsia
- Fibromialgia
- Problemas gastrointestinais
- Gliomas/Câncer
- Hepatite C
- Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
- Doença de Huntington
- Hipertensão
- Incontinência
- Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)
- Enxaqueca
- Esclerose múltipla
- Mal de Parkinson
- Estresse pós-traumático
- Prurido
- Artrite reumatóide
- Apnéia do sono
- Síndrome de Tourette47[Internet] norml.org. Acesse o link.
Apesar de alguns estudos relatarem resultados terapêuticos do uso de canabinoides em algumas patologias que causam dores na região cefálica, como por exemplo o tratamento de dores do tipo neuropática orofacial (neuralgia do trigêmeo e síndrome da dor ardente) e também na moderação em alguns tipos de dores de cabeça como a migrânea, ainda faltam estudos específicos do tratamento com Cannabis medicinal nos diferentes tipos de cefaleia. Existe, portanto, divergência de opiniões na literatura sobre a indicação da Cannabis nessa patologia. A conclusão comum é que não existe uma indicação deste tratamento para cefaleia, necessitando de mais estudos para justificar ou comprovar o uso de Cannabis medicinal para esse público.48Brucki SMD, Frota NA, Schestatsky P, Souza AH, Carvalho VN, Manreza MLG, et al. Cannabinoids in neurology – Brazilian Academy of Neurology. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. 2015 Apr;73(4):371–4.49Pantoja-Ruiz C, Restrepo-Jimenez P, Castañeda-Cardona C, Ferreirós A, Rosselli D. Cannabis and pain: a scoping review. Brazilian Journal of Anesthesiology (English Edition) [Internet]. 2021 Jul 16; Available from: [Internet] sciencedirect.com. Acesse o link.
Acadêmica LIED: Isabella Augusta Silva – Odontologia
A cannabis demonstrou diminuir a inflamação no corpo porque suprime componentes específicos do sistema imunológico. Por causa de como a cannabis pode afetar potencialmente o sistema imunológico, ela pode ajudar a acalmar a resposta imune anormal característica do lúpus. Especificamente, a cannabis reduz os níveis de algo chamado interleucina-2 e aumenta a interleucina-19, que é uma proteína anti-inflamatória. Esses são os principais fatores que estão levando os pesquisadores a acreditar que pode haver uma ligação benéfica entre a maconha e o lúpus. Em geral, a maioria dos pesquisadores acredita que a cannabis tem o potencial de combater a dor e a inflamação, e esses são dois dos maiores problemas que as pessoas com lúpus sofrem. 50[Internet] therecoveryvillage.com. Acesse o link.
Sim. Como adição ao tratamento convencional, a cannabis pode ajudar a reduzir o apertamento e o ranger dos dentes, melhorar a qualidade do sono e diminuir as dores orofaciais. O CBD pode ser um importante aliado para melhorar a qualidade do sono e diminuir a insônia, por exemplo. E a combinação de CBD e THC pode ter um efeito positivo no tratamento das dores ocasionadas pelo bruxismo. 51[Internet] sechat.com.br. Acesse o link.
Embora os processos exatos subjacentes aos efeitos anti-inflamatórios do CBD não sejam claros, acredita-se que o CBD possa reduzir a inflamação em todo o corpo. Em um estudo envolvendo animais, o CBD foi capaz de suprimir a inflamação reduzindo as moléculas que criam inflamação em 48%. Em outro estudo, o CBD reverteu a sensibilidade à dor causada por inflamação e dor nos nervos. 52[Internet] arthritis.ca. Acesse o link.
Não. Ele pode ter o efeito justamente ao contrário e reduzir sua sensação de estar “chapado” que o THC fornece. Isso ocorre devido à maneira como o CBD funciona em seu corpo – ele interage com os receptores em seu sistema, mas não se “insere” neles, como faz o THC. 53 [Internet] quora.com. Acesse o link.
A TDAH, é caracterizada por estar presente em pessoas que têm um nível baixo de Dopamina, que é um neurotransmissor que controla a habilidade cognitiva do cérebro como a memória, nível de atenção e humor. Baixo nível de Dopamina causa uma desordem nos déficits de atenção.Canabinoides se mostraram capazes de melhorar a transmissão da Dopamina no cérebro e isso melhora os processos cognitivos da pessoa. O CBD ajuda a aumentar o foco dos pacientes com TDAH fazendo os receptores adenosinos mais ativos no cérebro, reduzindo a ansiedade. O CBD então trabalha para minimizar a distração e hiperatividade dos pacientes que apresentam TDAH. 54[Internet] hemppedia.org. Acesse o link.
Algumas pessoas pensam que, como o CBD é derivado de algo “natural”, ele não terá interações com medicamentos prescritos. Isso não é verdade . Como muitos medicamentos, o CBD é metabolizado (decomposto) pelo fígado. Isso significa que pode interferir na capacidade natural do corpo de processar e decompor certos medicamentos.55[Internet] oswaldspharmacy.com. Acesse o link.
Não. Nos EUA, tais produtos são considerados suplementos alimentares e podem ser comercializados sem necessidade de receita médica, basta procurar uma loja especializada real ou virtual, pagar e levar. A exigência de receita médica, relatório médico e termo de responsabilidades são determinações das autoridades brasileiras. A AMA+ME entende que, para casos graves de epilepsia refratária, é interessante determinar uma dosagem mínima de CBD capaz de controlar satisfatoriamente as crises. Deste modo, os pais poderão planejar a continuidade, utilizarão somente o suficiente, evitando o desperdício que é relevante. O custo do produto em dólares é inacessível para a maioria dos brasileiros. Por outro lado, o risco de superdosagem, determinando intoxicação severa, deve ser mínimo. Se esse risco fosse relevante, os óleos ou extratos de cannabis rico em CBD jamais seriam classificados como suplementos alimentares e comercializados livremente na América. 56[Internet] amame.org.br. Acesse o link.
Depende. Em viagens nacionais, produtos importados devem ser mantidos em sua embalagem original e estar acompanhados da autorização de importação da Anvisa. A receita médica também pode ser solicitada para conferência de quantidade. Em viagens internacionais, a legislação do país de destino deve ser consultada antes do embarque.57[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
A FDA aprovou o Epidiolex, que contém uma forma purificada da substância CBD, para o tratamento de convulsões associadas à síndrome de Lennox-Gastaut ou à síndrome de Dravet em pacientes com 2 anos de idade ou mais. Isso significa que a FDA concluiu que esse medicamento específico é seguro e eficaz para o uso pretendido. Devido aos estudos clínicos adequados e bem controlados que deram suporte a essa aprovação e à garantia dos padrões de qualidade da fabricação, os prescritores podem confiar na força uniforme do medicamento e na entrega consistente que apóiam a dosagem apropriada necessária para o tratamento de pacientes com essas síndromes complexas e graves de epilepsia.58[Internet] sechat.com.br. Acesse o link.
Como a maconha afeta uma pessoa depende de vários fatores, incluindo59[Internet] cdc.gov. Acesse o link.:
- Experiência anterior com maconha ou outras drogas
- Biologia (por exemplo, genes)
- Sexo (por exemplo, as mulheres podem sentir mais tonturas depois de usar maconha em comparação com os homens )
- Via de administração
- Dose
- Com que frequência é usado
- Se for usado em combinação com outras substâncias
Com exceção de produtos como os ingredientes das sementes de cânhamo, que foram avaliados quanto à segurança, é importante proteger as crianças da ingestão acidental de cannabis e produtos que contenham cannabis. É recomendado que esses produtos sejam mantidos fora do alcance das crianças para reduzir o risco de ingestão acidental. Se os pais ou responsáveis tiverem uma suspeita razoável de que a criança ingeriu acidentalmente produtos que contenham cannabis, ela deve ser levada a um médico ou departamento de emergência, especialmente se a criança agir de maneira incomum ou se sentir doente. 60[Internet] sechat.com.br. Acesse o link.
Se você teve um efeito colateral ou evento adverso relacionado ao medicamento, você deve entrar em contato com seu médico. Se o efeito colateral ou evento for grave, procure orientação médica. 61[Internet] nps.org.au. Acesse o link.
O termo “cannabis medicinal” é usado para descrever produtos derivados da planta inteira de cannabis ou seus extratos contendo uma variedade de canabinoides e terpenos ativos, que os pacientes tomam por motivos médicos, após obterem autorização de seu médico. 62[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.
Cannabis recreativa é maconha que é usada sem justificativa médica. A maconha recreativa geralmente tem mais conteúdo de THC do que a variedade medicinal, pois é isso que fornece aos usuários um “barato”. 63[Internet] docmj.com. Acesse o link.
O canabidiol, ou CBD, é outro composto químico importante encontrado na planta. Ele não produz os efeitos de se sentir “alterado” como o THC, mas está associado à redução dos sintomas de ansiedade e está sendo estudado para tratar distúrbios convulsivos e reduzir o pensamento desordenado. 64[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.65[Internet] health.ucsd.edu. Acesse o link.
Estudos demonstraram que o canabidiol presente na planta do cânhamo pode ajudar com sucesso no tratamento de muitas doenças, incluindo o Alzheimer. Exemplos: Um pequeno e notável estudo realizado em 2016 preparou o terreno para o uso de CBD no tratamento da doença de Alzheimer. Um grupo de 10 pacientes foi empregado para medir o resultado do uso de CBD em 4 semanas. O estudo mostrou que houve uma alta diminuição de agressão, agitação, ilusão, apatia e irritabilidade.
Em 2011, um grupo americano de cientistas estudou os impactos do CBD no tratamento da doença de Alzheimer em camundongos. Os resultados indicaram que o CBD pode ser um tratamento promissor para aplicações terapêuticas na doença de Alzheimer. Além disso, mostrou que o CBD pode promover o desenvolvimento ou crescimento de neurônios. 70[Internet] hemppedia.org. Acesse o link.
Pela Resolução RDC Nº 3/2015, o CBD e o próprio THC passaram a integrar o rol das substâncias sujeitas a controle especial, definidas pela Portaria Nº 344/1998. Desde então, a sua prescrição nos mais variados tratamentos pode ser feita por qualquer médico devidamente credenciado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). A prescrição de canabidiol não difere da que se faz em relação a outros medicamentos. 71[Internet] cannabisesaude.com.br. Acesse o link.
Não. Eles não se ligam aos receptores da dor. Não da mesma forma que os opioides. Eles podem ajudar a dor reduzindo a inflamação e o inchaço, em vez de bloquear diretamente o sinal. Eles também ajudam a modular a reação emocional e psicológica da pessoa à dor, o que também a ajuda a se sentir menos intensa. 74[Internet] quora.com. Acesse o link.
Pode sim. Você pode encontrar tetrahidrocanabinol (THC), canabidiol (CBD) ou ácido tetrahidrocanabinólico (THCA) em tópicos, mas se eles têm um efeito intoxicante depende dos canabinoides usados e onde em seu corpo eles são aplicados.Quando você usa tópicos com infusão de cannabis, o THC pode se ligar diretamente aos receptores CB1 presentes na pele, tecidos musculares e nervos, e isso traz alívio à área afetada. Ele também entra na corrente sanguínea, onde interage com os receptores CB2. A cannabis tópica pode ser distribuída para o resto do corpo através do sangue, mas isso acontece tão lentamente que a maioria das pessoas não detecta nenhum efeito mental. 75[Internet] weedmaps.com. Acesse o link.
Estudos sugerem que esse canabinoide é eficiente no tratamento de dores crônicas e de glaucoma, além de ser um potencializador de apetite. 76[Internet] pangaiacbd.com. Acesse o link.
Atualmente existem duas formas de comprar o produto no Brasil: via importação – necessita prévia consulta com profissional médico habilitado, cadastro do paciente na ANVISA e receita médica – ou a aquisição dos produtos através de empresas farmacêuticas que sejam devidamente cadastradas na ANVISA, equiparado por médico habilitado na área. Para ambos os casos, há a necessidade de prescrição médica atualizada e acompanhamento profissional. Lembrando que a ANVISA tem como finalidade a autorização, e não a venda direta. Por fim, fabricantes nacionais foram autorizados na importação de matéria-prima semielaborada para fabricar produtos em território nacional. Para esses produtos também é necessário que a compra seja feita em canais autorizados: farmácias e drogarias – mediante prescrição médica.77Nacional I. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC No 327, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2019 – RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC No 327, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2019 – DOU – Imprensa Nacional [Internet]. in.gov.br. Available from: [Internet] in.gov.br. Acesse o link.78Pedido para comercializar produtos de Cannabis é feito de forma digital [Internet]. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. [cited 2022 May 7]. Available from: [Internet] gov.br/anvisa/. Acesse o link.
Acadêmica LIED: Esther Martins de Sousa – Biomedicina
Existem evidências (ainda não robustas) de que a Cannabis medicinal ajuda a aliviar os sintomas da fibromialgia, em geral sem apresentar efeitos adversos graves79Sagy I, Bar-Lev Schleider L, Abu-Shakra M, Novack V. Safety and Efficacy of Medical Cannabis in Fibromyalgia. Journal of Clinical Medicine [Internet]. 2019 Jun 5;8(6):807. Available from: [Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link..
Um estudo de 2019 relatou que a intensidade da dor numa escala de 0 a 10, reduziu de uma média de 9 no início do estudo para 5; sendo que 81,1% dos pacientes obtiveram resposta positiva ao tratamento. Os efeitos adversos mais comuns foram leves e incluíram tontura, boca seca e sintomas gastrointestinais80Sagy I, Bar-Lev Schleider L, Abu-Shakra M, Novack V. Safety and Efficacy of Medical Cannabis in Fibromyalgia. Journal of Clinical Medicine [Internet]. 2019 Jun 5;8(6):807. Available from: [Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link..
Outro estudo mostrou melhorias significativas quando observou-se a intensidade da dor e a incapacidade dos pacientes. Os efeitos colaterais mais comuns foram confusão mental, tontura, náusea/vômito e inquietação/irritação81Mazza M. Medical cannabis for the treatment of fibromyalgia syndrome: a retrospective, open-label case series. Journal of Cannabis Research. 2021 Feb 17;3(1)..
Conclui-se que a Cannabis medicinal parece ser uma alternativa segura e eficaz para o tratamento dos sintomas da fibromialgia. O seu uso não é isento de riscos, incluindo psiquiátricos, cognitivos e de desenvolvimento, bem como os riscos de dependência. Como tal, é importante o julgamento clínico para pesar esses riscos e realizar a prescrição aos pacientes que possuem maior probabilidade de se beneficiar desse tratamento. Mais pesquisas são necessárias para avaliar benefícios e riscos, bem como a via de administração e dosagens ideais82Berger AA, Keefe J, Winnick A, Gilbert E, Eskander JP, Yazdi C, et al. Cannabis and cannabidiol (CBD) for the treatment of fibromyalgia. Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology. 2020 Sep;34(3):617–31..
Se o uso é medicinal ou recreativo.
A erva recreativa normalmente contém um teor de THC mais alto do que o medicinal. Isso significa que as pessoas geralmente tomam essa variedade mais pelo efeito “chapado” do que pelos benefícios. Já a erva medicinal geralmente contém um teor de CBD mais alto do que o recreativo.
Porcentagem de cada composto no produto utilizado (ex: teor de THC e CBD).
Produtos com pouco THC terão menos efeitos de curto ou longo prazo associados com essa molécula.
Confiabilidade do produto adquirido.
Produtos adquiridos em locais ilícitos tendem a conter substâncias químicas adicionais que são prejudiciais à saúde. 83[Internet] docmj.com. Acesse o link.
A relação risco/benefício da cannabis precisa ser considerada cuidadosa e individualmente para pessoas que:
- Tem doença cardiopulmonar grave com hipotensão ocasional (pressão arterial baixa), possível hipertensão (pressão alta), síncope (perda de consciência) ou taquicardia (frequência cardíaca acelerada)
- Tem doenças respiratórias, como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
- Pacientes com doença hepática ou renal grave, incluindo hepatite C crônica
- Tem histórico pessoal de transtornos psiquiátricos ou histórico familiar de esquizofrenia.84[Internet] cannabisresearch.mcmaster.ca. Acesse o link.
Sim, a Cannabis medicinal pode ser usada nesse grupo de pacientes, mas diante das evidências analisadas, não foi possível constatar diretrizes clínicas significativas sobre o uso de cannabis medicinal para o tratamento dos fatores primários que levam à demência. Em geral, as evidências limitadas dos estudos apontam que a Cannabis medicinal pode ser efetiva no tratamento de sintomas neuropsiquiátricos associados à demência, como: agitação, desinibição, irritabilidade, comportamento motor aberrante, distúrbios de comportamento noturno e de vocalização. A Cannabis demonstrou ter propriedades neuroprotetoras, redução da neuroinflamação e aumento da neurogênese. Além disso, um estudo de 2017 apontou resultados positivos para os benefícios terapêuticos na agitação da doença de Alzheimer e da demência, porém não foi possível obter uma conclusão definitiva devido à variedade de produtos analisados.
Embora a eficácia da Cannabis não tenha sido comprovada em um estudo de controle randomizado robusto, estudos observacionais mostraram resultados que podem auxiliar em resultados promissores, especialmente para pacientes que possuem recorrência dos sintomas. Ainda, o perfil de segurança parece favorável, pois houve tolerância à Cannabis, com poucos efeitos colaterais a curto prazo, sendo a sedação o principal deles. No entanto, as formulações e doses da Cannabis utilizados nos estudos identificados podem ter limitado a capacidade de demonstrar a eficácia e segurança para esta indicação.85Charernboon T, Lerthattasilp T, Supasitthumrong T. Effectiveness of Cannabinoids for Treatment of Dementia: A Systematic Review of Randomized Controlled Trials. Clinical Gerontologist. 2020 Mar 18;1–9.86Mueller A, Fixen DR. Use of Cannabis for Agitation in Patients With Dementia. The Senior Care Pharmacist. 2020 Jul 1;35(7):312–7.87Peprah K, McCormack S. Medical Cannabis for the Treatment of Dementia: A Review of Clinical Effectiveness and Guidelines [Internet]. Ottawa (ON): Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health; 2019 Jul 17. PMID: 31525011.
Acadêmicos LIED: Hilda Maria Navarro Tiepolo – Fisioterapia e Rayssa Ribeiro – Medicina
A cannabis medicinal pode ser usada para aliviar os sintomas de uma variedade de condições. Há evidências clínicas limitadas, mas em desenvolvimento, em torno de sua segurança e eficácia. A cannabis medicinal pode ser benéfica para certas condições, incluindo88[Internet] health.vic.gov.au. Acesse o link.89[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.90[Internet] nps.org.au. Acesse o link.91[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.:
- Náuseas e vômitos devido à quimioterapia
- Epilepsia em crianças
- Cuidado paliativo
- Dor do câncer
- Dor neuropática
- Espasticidade de condições como esclerose múltipla
- Anorexia e emaciação associada a doenças crônicas, como câncer
- Ansiedade
- Insônia
- Fibromialgia
Sim, mas antes é preciso adquirir uma autorização de importação da Anvisa, agência reguladora brasileira. 92[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
Sim, e também a descontinuação abrupta após uso prolongado pode resultar em sintomas de abstinência. Além disso, o uso crônico pode resultar em dependência psicológica. 93[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.
Sim. Hoje, além dos pedidos de importação, a Anvisa também regulamenta a fabricação de produtos de Cannabis em território nacional e a venda em farmácias e drogarias.
O extrato de Cannabis sativa, da empresa mineira Ease Labs, com concentração de 79,14 mg/ml, é o 11º produto à base de Cannabis autorizado para produção e venda em farmácias.
Definidos quimicamente como “alcenos naturais”, os terpenos representam o maior e mais diversificado grupo de compostos naturais provenientes de plantas. Contemplam-se, neste grupo, funções de crescimento e desenvolvimento vegetais, assim como de defesa diante de situações climáticas críticas. Esta defesa, por sua vez, é facilitada pela presença de toxinas e inibidores contra muitos mamíferos herbívoros e insetos. Além disso, os terpenos possuem exacerbada relevância na química dos aromas.
Ainda, existem os terpenos fenólicos – aqueles que possuem um grupo fenol em sua composição – os quais estão presentes nos canabinoides, principais compostos químicos da Cannabis. Os alcenos naturais podem aumentar o efeito dos canabinoides e sinergizar, assim, as sensações de relaxamento, alívio do estresse, aumento de energia e manutenção do foco atrelada às funcionalidades farmacêuticas subjacentes. Este efeito citado denomina-se “efeito entourage”, referenciado como refletor dos princípios ativos da Cannabis que trabalham em sinergia e criam efeitos conjuntamente. Os efeitos, entretanto, não seriam obtidos caso houvesse isolamento das partes.
“A pesquisa sugere que os terpenos da Cannabis são bastante potentes tanto em animais quanto em humanos quando inalados do ar ambiente, contribuindo para o efeito entourage dos extratos medicinais à base da planta. A revisão abrange estudos que apresentam bons e sinérgicos resultados em relação ao tratamento de dor, inflamação, depressão, ansiedade, dependência química, epilepsia, sintomas associados ao câncer e infecções fúngicas e bacterianas.”94Radwan MM, Chandra S, Gul S, ElSohly MA. Cannabinoids, Phenolics, Terpenes and Alkaloids of Cannabis. Molecules. 2021 May 8;26(9):2774.95Rocha ED, Silva VE, Pereira FC, Jean VM, Souza FLC, Baratto LC, et al. Qualitative terpene profiling of Cannabis varieties cultivated for medical purposes. Rodriguésia [Internet]. 2020 Jul 13 [cited 2021 Dec 7];71. Available from: [Internet] scielo.br. Acesse o link.96Russo EB. Taming THC: potential cannabis synergy and phytocannabinoid-terpenoid entourage effects. British Journal of Pharmacology. 2011 Jul 12;163(7):1344–64.97Sommano SR, Chittasupho C, Ruksiriwanich W, Jantrawut P. The Cannabis Terpenes. Molecules [Internet]. 2020 Jan 1;25(24):5792. Available from: [Internet] mdpi.com. Acesse o link.
O parágrafo anterior consta de um excelente post sobre os terpenos: https://wecann.academy/br/terpenos-cannabis/
Acadêmicos LIED: Alyssa Cristine de Oliveira Elias – Fisioterapia, Dulcinéa Luiza de Andrade Bugati – Nutrição, Giuliana Lugarini – Medicina, Nilziano José da Silva Santos – Nutrição e Rayssa Ribeiro – Medicina
Os efeitos colaterais mais comuns demonstrados em estudos incluem fadiga, perda de peso, dificuldade para dormir, náusea e diarreia, mas muitas pessoas não relataram nenhum efeito colateral. 98[Internet] oswaldspharmacy.com. Acesse o link.
Estudos descobriram que o CBD inibe algumas das enzimas hepáticas necessárias para a metabolização de medicamentos. E mostram que doses extremamente altas de CBD podem ser prejudiciais ao fígado. Porém, por mais que as descobertas deste estudo pareçam sombrias, muitos especialistas afirmam que não há motivo para alarme. Uma das razões pelas quais as pessoas não devem evitar o CBD com base nas descobertas é que a dosagem dada aos camundongos na pesquisa é muito maior do que a de uma pessoa que usa o CBD para fins terapêuticos. 99[Internet] sandiegomagazine.com. Acesse o link.
Óleos e concentrados usados em vaping e dabbing (que é um método específico de inalação de concentrados de THC) geralmente têm formas altamente concentradas de THC e podem conter aditivos ou estar contaminados com outras substâncias.100[Internet] cdc.gov. Acesse o link.
Fumar cannabis faz com que subprodutos tóxicos sejam liberados e inalados, semelhantes aos encontrados em fumar cigarros de tabaco. Alguns estudos mostram que o vaping reduz as toxinas e substâncias cancerígenas liberadas nos pulmões. Ao usar cannabis e tabaco juntos, você aumenta o risco de desenvolver problemas respiratórios.101[Internet] gov.mb.ca. Acesse o link.
- O CBD pode aumentar os níveis corporais de citalopram (Celexa), varfarina (Coumadin) e outros medicamentos chamados depressores do sistema nervoso central (SNC), incluindo alguns medicamentos anticonvulsivos.
- O CBD pode diminuir os níveis de clopidogrel (Plavix) no corpo.
- Outras drogas também podem afetar os níveis de CBD no corpo (não apenas o contrário). 102[Internet] oswaldspharmacy.com. Acesse o link.
O consumo de maconha leva a um efeito de droga psicoativa.
- Não dirija, opere máquinas ou realize outras atividades perigosas enquanto estiver usando cannabis (maconha).
- Não beba álcool enquanto estiver usando cannabis. O álcool aumentará a tontura, a sonolência e o julgamento prejudicado.
- Não misture com outras drogas e medicamentos (Consulte seu médico). 103[Internet] drugs.com. Acesse o link.
Os endocanabinoides controlam a dor de uma forma muito mais segura em comparação com os opioides, embora possam funcionar indiretamente através dos mesmos receptores. Os canabinoides não possuem receptores na parte do cérebro responsável por regular a respiração. Isso sugere que a depressão respiratória, um efeito adverso potencialmente fatal de drogas opioides, não ocorreria ao usar canabinoides como analgésicos. 104[Internet] taylorfrancis.com. Acesse o link.
Como todos os medicamentos, os produtos medicinais de cannabis podem ter efeitos colaterais. Os efeitos colaterais conhecidos do tratamento com cannabis medicinal incluem:
- Fadiga e sedação
- Tontura
- Confusão
- Nausea e vomito
- Febre
- Diminuição ou aumento do apetite
- Boca seca e
- Diarreia
Os efeitos colaterais da cannabis medicinal são geralmente dependentes da dose, por isso é importante seguir as recomendações de dosagem. 105[Internet] nps.org.au. Acesse o link.
Um possível risco do uso de cannabis é o vício. O debate sobre se a cannabis é física ou psicologicamente viciante está em andamento. O NIDATrusted Source cita pesquisas que sugerem que 30% dos usuários de cannabis podem ter um transtorno por uso de cannabis. Se a pessoa se tornar dependente de cannabis, poderá ter sintomas de abstinência se parar de usar a droga. Os sintomas de abstinência podem incluir: irritabilidade, insônia, dificuldades de humor, diminuição do apetite, desconforto físico, náusea e inquietação.
Produtos de cannabis que são consumidos por via oral. Esses produtos podem conter THC, CBD ou uma combinação de ambos. Os produtos comestíveis comuns incluem biscoitos, brownies, doces, gomas, chocolates, bebidas ou produtos caseiros. 108[Internet] neha.org. Acesse o link.
Estudos implicam alguma eficácia para dores relacionadas ao: câncer, enxaquecas, fibromialgia e outras condições de dor, incluindo dor neuropática, espasticidade associada à esclerose múltipla e vários outros tipos de dor musculoesquelética aguda e crônica. 109[Internet] uspharmacist.com. Acesse o link.
O CBD interage com os receptores CB1 do nosso corpo através de um sistema chave-fechadura. Ele também age como um modulador do receptor CB1, não deixando o THC se ligar nele e assim diminuindo seus efeitos, como taquicardia, ansiedade, sedação e fome.110[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.
O THC interage com os receptores CB1 e CB2 do nosso corpo através do sistema chave-fechadura. Essa interação afeta a liberação de neurotransmissores em seu cérebro. Os neurotransmissores são substâncias químicas responsáveis por transmitir mensagens entre as células e têm papéis na dor, na função imunológica, no estresse, no sono e em todas as outras funções do corpo humano. 111[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.112[Internet] vahahealth.com. Acesse o link.
A história Indica x Sativa é bem diferente do que a maioria das pessoas pensa. Não se trata de efeito eufórico x efeito sedativo, ma uma disputa entre as características físicas e os ciclos de floração das plantas. Indica é uma espécie de planta Cannabis que é espessa, mais baixa em estatura, com folhas largas e escuras. É adequada para climas mais frios com estações mais curtas e, portanto, possui um ciclo de floração mais curto. A sativa, por outro lado, é de estatura um pouco mais alta e esbelta, com folhas estreitas e verde-claras. É mais adaptada a climas mais quentes e possui um ciclo de floração mais longo. Mas, os traços físicos e o ciclo da floração não dizem nada sobre a composição molecular das cepas de maconha, e é essa composição que determina os efeitos calmantes ou animadores. Isso significa que, para você, como consumidor, é muito mais significativo saber a quantidade de THC e CBD que uma determinada cepa possui. Além disso, pessoas diferentes reagem de maneira muito diferente às mesmas linhagens. Algumas pessoas gostam de altos níveis de THC, outras não. Alguns gostam do efeito modulador do CBD, outros não. Mas, tendo algum conhecimento básico de canabinoides e terpenos e como eles funcionam juntos na produção de efeitos específicos, combinados com sua afinidade intrínseca a uma cepa específica. 113[Internet] sechat.com.br. Acesse o link.
O THC (tetrahidrocanabinol) é o ingrediente psicoativo da planta, o que significa que é o ingrediente que faz com que as pessoas sintam a euforia ou “barato” que geralmente é associado à cannabis. Já o canabidiol, ou CBD, é outro composto químico importante encontrado na planta. Ele não produz os efeitos de se sentir “alterado” como o THC, mas está associado à redução dos sintomas de ansiedade e está sendo estudado para tratar distúrbios convulsivos e reduzir o pensamento desordenado. 114[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.115[Internet] health.ucsd.edu. Acesse o link.
As formulações de cannabis contendo THC são geralmente mais eficazes para o sono. 116[Internet] auscannabisclinics.com.au. Acesse o link.
O sistema endocanabinoide (ECS) desempenha um papel muito importante no corpo humano para nossa sobrevivência. O ECS regula e controla muitas de nossas funções corporais mais críticas, como aprendizado e memória, processamento emocional, sono, controle de temperatura, controle da dor, respostas inflamatórias e imunológicas e alimentação.117[Internet] sciencedirect.com. Acesse o link.118[Internet] health.harvard.edu. Acesse o link.
A Anvisa aprovou no dia 03/12/2019, o registro de produtos derivados de Cannabis para uso medicinal. A decisão, que deve ser revista em 2022, só permite que os produtos com substrato da erva sejam consumidos caso haja prescrição médica, e não libera o uso recreativo nem o plantio.
A flor vaporizada agirá rapidamente, mas a ingestão de óleo de cannabis pode ajudar a dormir por mais tempo. Considere usar ambos para um efeito ideal. 119[Internet] auscannabisclinics.com.au. Acesse o link.
Para o tratamento de dor, a via indicada é geralmente a oral (na forma de spray oral, óleos ou cápsulas). Essa via tem um pico de ação mais baixo, menores efeitos colaterais e duração mais prolongada em relação a via inalada. O metabolismo é hepático. 120[Internet] pebmed.com.br. Acesse o link.
Há uma grande variedade de produtos à base de Canabidiol (CBD). Por isso, sempre consulte um médico especialista para descobrir a dose adequada ao seu tratamento. O médico é o único profissional indicado para a prescrição de produtos de Cannabis com fins medicinais.121[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
Os produtos de cannabis medicinal devem ser produzidos de acordo com as ‘Boas Práticas de Fabricação e Distribuição’ por fabricantes credenciados pelo regulador de medicamentos. Isso significa que eles são classificados como medicamentos de grau farmacêutico e podem ser usados para tratar doenças e condições médicas.
A cannabis medicinal pode ter várias formas: óleos que são colocados debaixo da língua, cannabis seca que é inalada usando um dispositivo vaporizador, pomadas ou cremes tópicos para a pele, bem como cápsulas cheias de óleo.
Em comparação, os produtos de cannabis (óleo de cânhamo ou óleo CBD) que são produzidos para a indústria de bem-estar contém THC (tetrahidrocanabinol) insignificante ou nenhum. Esses óleos são produzidos de acordo com os padrões de qualidade alimentar e não são recomendados para o tratamento de condições médicas ou doenças. Pesquisas indicaram que muitos desses produtos geralmente não contêm os níveis de produtos químicos – ou seja, CBD – conforme indicado na embalagem. 122[Internet] sapphirecannabiseducation.co.uk. Acesse o link.
Os pacientes que tomam cannabis por razões médicas geralmente usam canabinoides para aliviar os sintomas enquanto minimizam a intoxicação, enquanto os usuários recreativos podem estar tomando cannabis para efeitos eufóricos. A cannabis medicinal é autorizada por um prescritor que fornece um documento médico que permite que os indivíduos obtenham cannabis de um produtor licenciado, enquanto a cannabis recreativa é atualmente obtida por meios ilícitos. 123[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.
Segundo o Art. 28 da Lei 11.343 de 23/08/2006 que instituiu o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I – Advertência sobre os efeitos das drogas. II – Prestação de serviços à comunidade. III – Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Ninguém pode ir para a cadeia se for flagrado portando ou se medicando com cannabis ou seus derivados. A prisão e o constrangimento são ilegais. 124[Internet] amame.org.br. Acesse o link.
Poucos estudos avaliaram a eficácia potencial da cannabis para a mitigação dos sintomas do TOC. Porém, essas descobertas, embora um tanto limitadas pelo desenho do estudo, indicam que a cannabis – e, em particular, variedades com alto teor de CBD – é uma promessa como uma opção terapêutica para pacientes com TOC e deve ser examinada em um ambiente controlado e rigorosamente projetado. 125[Internet] sechat.com.br. Acesse o link.
O uso de álcool e maconha ao mesmo tempo provavelmente resultará em maior prejuízo do que ao usar qualquer um deles sozinho. Maior comprometimento pode resultar em maior risco de dano físico. 126[Internet] cdc.gov. Acesse o link.
O uso simultâneo de maconha e tabaco também pode aumentar a exposição a substâncias químicas nocivas que podem causar maiores riscos aos pulmões e ao sistema cardiovascular (coração e vasos sanguíneos).127[Internet] cdc.gov. Acesse o link.
O uso frequente e prolongado de cannabis pode afetar negativamente sua memória, sua capacidade de se concentrar na escola ou no trabalho e, para algumas pessoas, dificultará a motivação. Como resultado, o uso de cannabis a longo prazo tem sido associado a notas mais baixas e pior desempenho no trabalho. 128[Internet] gov.mb.ca. Acesse o link.
O uso diário ou quase diário de cannabis na adolescência pode ter um efeito negativo na sua saúde mental. Você pode desenvolver problemas com depressão e ansiedade.129[Internet] durham.ca. Acesse o link.
A maioria dos usuários de cannabis não desenvolverá esquizofrenia, mas para aqueles que já correm o risco de desenvolver esquizofrenia, seja devido ao histórico familiar ou a outros fatores de risco, a cannabis pode aumentar esse risco. Isto é especialmente verdadeiro se o uso de cannabis começa quando uma pessoa é jovem, ou se uma pessoa usa cannabis com frequência.130[Internet] gov.mb.ca. Acesse o link.
Sim. A Anvisa não avalia o exercício profissional, de modo que não haja restrição para qualquer especialidade médica prescrever os produtos. Basta que o médico tenha CRM ativo e a documentação esteja correta.131[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
É indicada para uso contínuo por manter por mais tempo a meia-vida dos princípios ativos no organismo. Demora entre 40min e 1h30min para começar a fazer efeito, porém, o pico de ação demora mais tempo. É possível encontrar princípios ativos no organismo por até 1 semana após uso. 132Referência: Aula Canabinoides Maria Teresa
Com exceção do produto de CBD, Epidiolex (usado para tratar convulsões), não há recomendações de dosagem estabelecidas de CBD. Ainda não se sabe quais doses e formas de dosagem funcionam melhor para diferentes condições, tornando as recomendações de dosagem, na melhor das hipóteses, um palpite. Apesar disso, estudos mostraram que doses únicas de até 6.000 mg resultam em muito poucos efeitos colaterais negativos documentados. 136[Internet] oswaldspharmacy.com. Acesse o link.
O óleo CBD puro não deve conter THC ou muito THC. No entanto, pode haver diferenças no processo de produção que podem permitir uma pequena quantidade de THC em alguns produtos de CBD. Se houver THC suficiente no produto, isso pode fazer com que a urina seja positiva em teste de THC. Dependeria da pureza da amostra.137[Internet] health.ucsd.edu. Acesse o link.
A urina pode testar positivo para o metabólito carboxi do THC (aquele geralmente testado na triagem de urina) por semanas após a última exposição. Quanto mais se fuma, mais tempo o teste será positivo na urina. 138[Internet] health.ucsd.edu. Acesse o link.
De acordo com um estudo do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, cerca de 30.000 baseados em um período de 15 minutos, o que é legitimamente fisicamente impossível. 139[Internet] quora.com. Acesse o link.
A relação risco/benefício da cannabis precisa ser considerada cuidadosa e individualmente para pessoas que:
- São menores de idade ou 18
- Tem histórico de hipersensibilidade a qualquer canabinoide ou a fumar (se a cannabis for fumada)
- Tem histórico de abuso de substâncias
- As mulheres em idade fértil não usam um anticoncepcional confiável, planejam engravidar, estão grávidas ou estão amamentando. 140[Internet] cannabisresearch.mcmaster.ca. Acesse o link.
Pesquisas indicam que os pacientes com EM frequentemente recorrem à cannabis para alívio sintomático. Muitos desses pacientes relatam que o uso de cannabis resulta em melhorias sintomáticas e permite que eles reduzam o uso de medicamentos prescritos. Modelos pré-clínicos sugerem que os canabinoides também podem inibir a progressão da EM, além de fornecer controle dos sintomas. 141[Internet] norml.org. Acesse o link.
Para o tratamento de glaucoma, um grupo de neuropatias ópticas, o uso de cannabis medicinal pode ser efetivo. O sistema endocanabinoide atraiu considerável atenção como um alvo potencial para o tratamento de glaucoma, em grande parte, devido aos efeitos observados redução da pressão intraocular (PIO) observado após a administração de canabinoides exógenos. Em um estudo, o THC aumentou o número de células ganglionares sobreviventes em ambas às regiões centrais e periféricas da retina afetadas. E em outros modelos experimentais o THC contribuiu diretamente para a redução da PIO. 142[Internet] amame.org.br. Acesse o link.
Colaboração: acadêmicos da Liga Interdisciplinar de Dor de Curitiba (PR).
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Variedade de plantas de cannabis que possuem características particulares que podem ser usadas para expressar um efeito desejado específico. Por exemplo: Cannabis sativa é rica em THC e é relatado para aumentar a criatividade, ser um estimulante e combater a depressão, dores de cabeça e náuseas. 1[Internet] neha.org. Acesse o link.
Composto químico importante encontrado na planta. Ele não produz os efeitos de se sentir “alterado” como o THC, mas está associado à redução dos sintomas de ansiedade e está sendo estudado para tratar distúrbios convulsivos e reduzir o pensamento desordenado.2[Internet] ncbi.nlm.nih.gov. Acesse o link.3[Internet] health.ucsd.edu. Acesse o link.
Uma variedade de cannabis que contém pouco ou nenhum THC, frequentemente usada para alimentos, remédios, combustível, plásticos e outras aplicações. 4[Internet] sarcoxienursery.com. Acesse o link.
A cannabis é uma planta com três variedades diferentes: Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis. A planta de cannabis contém mais de 400 moléculas, das quais aproximadamente 100 são canabinoides, mas também contém vários outros produtos químicos. 5[Internet] pt.wikipedia.org. Acesse o link.
Refere-se a qualquer material criado pelo refinamento de flores de cannabis, como haxixe, peneira seca e óleos de haxixe. Concentrados ou extratos têm potência muito maior. 6[Internet] neha.org. Acesse o link.
É uma dose concentrada de cannabis que é extraída através de solventes como etanol, butano ou CO2. A substância pegajosa resultante é então aquecida em uma superfície quente e depois inalada através de tubos especiais, vaporizadores e outros dispositivos. Dabs são tipicamente de ação rápida e potentes com altos níveis de THC. 7[Internet] sarcoxienursery.com. Acesse o link.
O fitofármaco nada mais é que a substância purificada e isolada a partir de matéria-prima vegetal com estrutura química definida e atividade farmacológica. 8[Internet] hempmedsbr.com. Acesse o link.
Também chamados de bioflavonoides, são responsáveis pela cor, aroma e sabor das diferentes espécies de plantas. São mais de 20 os flavonoides encontrados na Cannabis e os chamamos de canaflavinas. Eles são grandes potencializadores dos efeitos medicinais da Cannabis e, por isso, indispensáveis no efeito entourage. 9[Internet] pangaiacbd.com. Acesse o link.
Uma forma de cannabis concentrada, tipicamente fumada, que oferece efeitos mais potentes do que a planta sozinha. 10[Internet] sarcoxienursery.com. Acesse o link.
Uma espécie de cannabis, conhecida por suas propriedades calmantes e eficácia no tratamento da dor e redução do estresse. 11[Internet] sarcoxienursery.com. Acesse o link.
A quantidade de todos os canabinoides na planta. 12[Internet] neha.org. Acesse o link.
Produtos de cannabis, como loções, bálsamos e óleos usados para alívio da dor. 13[Internet] neha.org. Acesse o link.
Uma espécie de cannabis, conhecida por produzir efeitos psicotrópicos através de seus altos níveis de THC. 14[Internet] sarcoxienursery.com. Acesse o link.
São compostos naturalmente produzidos em todos os tipos de vegetação através do seu metabolismo e cumprem diversas funções no organismo do vegetal. Na Cannabis temos diversos terpenos, mas os mais presentes na planta são limoneno, terpinoleno, mirceno, linalol, beta-cariofileno, humuleno, geraniol, bisaboleno e alfa-bisabolol. 17[Internet] pangaiacbd.com. Acesse o link.
Uma forma líquida de cannabis que é feita de glicerina ou álcool. As tinturas geralmente são distribuídas em um conta-gotas sob a língua para fornecer absorção rápida ao corpo, levando a efeitos mais rápidos do que os comestíveis e a inalação (PotGuide.com, 2018). 20[Internet] neha.org. Acesse o link.
EBOOK
Cannabis Medicinal
No momento, a conversa sobre Cannabis Medicinal no Brasil está limitada a quem tem interesse acadêmico ou (principalmente) comercial, no tema. Nada contra, exceto que o usuário potencial de Cannabis Medicinal, presente ou futuro, foi excluído dessa discussão. Ele (a) ainda ignora o que é “aquilo”, e as suas reais possibilidades terapêuticas no momento. A intenção aqui é esclarecer essas dúvidas, o suficiente para interessar essa pessoa a se aprofundar no assunto ou a decidir abandoná-lo.
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