Dor crônica – Por que a ciência tem pouco socorro a oferecer para uma em cada cinco pessoas?
Este post comenta um livro – “The Song of our Scars: The Untold Story of Pain”, de Haider Warraich (2022) – sobre a maneira em que hoje a medicina trata a dor humana – a dor crônica, especialmente. Eu li o tal livro e o comentário me parece injusto. Faz pouco ou releva as denúncias de um paciente com dor crônica musculoesquelética, que providencialmente também é médico – e assim pode opinar sobre o tema de dentro e de fora. Warraich aponta o dedo para paradoxos médicos gravíssimos, como o de a mulher sentir mais dor que o homem e, no entanto, receber menos atenção da medicina do que este; ou o fato de o tratamento medicamentoso prescrito primariamente para portadores de dor aguda e de dor crônica ser semelhante. Nós, pacientes leigos, somos todos vitimados diariamente por esses paradoxos que o sistema médico deixa rolar impunes. O post vale a pena por trazê-los à tona, e não pelo que a sua autora critica.