Por incrível que pareça, tem gente séria que acredita que a dor crônica pode ser aliviada via educação – e não necessariamente com fármacos, acupuntura ou cirurgias. Várias iniciativas nesse sentido vêm sendo testadas nos últimos 30 anos, fora e dentro do Brasil. A boa notícia é que elas parecem beneficiar os pacientes, se não reduzindo a dor, ao menos aliviando seus sintomas (ex.: sono) e principalmente, melhorando o ânimo/humor, a autoestima e a sensação de autoeficácia nos pacientes. A má notícia é que esses resultados emanam de ensaios científicos controlados, não da vida real. A exigência presencial dos alunos, a carga horária e a indisposição dos médicos quanto a agir como educadores, são barreiras que impedem a migração do formato usado nesses ensaios para a prática. Este post menciona uma iniciativa educacional baseada em evidências, criada na Escola de Medicina da Stanford University (EUA) e na qual eu participo, que tenciona pular essas barreiras adotando um formato inovador, diferente dos já tentados.