E se você quer recuperar os movimentos de um braço, bem, poste-se diante de um espelho e mexa o braço bom, que repetindo, repetindo, um dia o cérebro irá repassá-los ao ruim. Ah, e fique também sabendo que pensamentos e emoções tóxicas podem doer tanto quanto uma gripe mal cuidada!
Introdução
A ciência da dor revela uma sensação volátil, enganosa, que é muitas vezes mais do que apenas um sintoma, e às vezes pior do que o que a começou/iniciou.
Atualizado Jan 15, 2018 (publicado pela primeira vez 2010)
A dor não é apenas uma mensagem de tecidos feridos para ser aceita de cara, mas uma experiência complexa que é rigorosamente sintonizada pelo seu cérebro. Os resultados são muitas vezes estranhos e contraproducentes, como na física quântica, mas a ciência é clara: cada sensação dolorosa é 100% BrainMade® e não há dor sem cérebro.
Significa isso que podemos deixar de pensar em dor? Quanta energia a mente tem sobre a dor? A confiança e a educação ajudam na cura?
Os artigos sobre este tópico são agora comuns, mas a maioria deles enganam os leitores com a ideia tentadora que a dor pode ser tratada com a mente… embora falhando em explicar como. Neste artigo, eu fico especifico no que há de realista e prático nisso de a “mente (prevalecer) sobre a dor.” Há más notícias, mas há também boas – se você entender como a dor realmente funciona.1A complexidade da dor torna muito mais difícil de bater no geral, mas também significa que alguns fatores são mais tratáveis ou gerenciáveis do que outros, mas apenas se você tem uma compreensão moderna de como funciona a dor. Você não pode hackear um sistema que você não entende. Eu mal posso imaginar um argumento melhor que precisamos de uma sociedade mais biologicamente alfabetizada! Muitas descobertas sobre a fisiologia da dor2A pesquisa moderna da dor foi iniciada nos anos sessenta pelo trabalho do Dr. Ronald Melzack e do Dr. Patrick Wall. 3Toda a ciência da dor é apresentada neste artigo em uma forma mais acadêmica pelo erudito Lorimer Moseley, um cientista da dor australiano, em seu excelente artigo “Reconceptualising pain according to modern pain science”. O artigo do Dr. Moseley é um companheiro perfeito para este: é muito mais detalhado e científico e ainda bastante acessível em comparação com, digamos, um livro de Neurologia. têm sido dolorosamente lentas para chegar ao público, ou mesmo a profissionais de saúde. Trata-se de material útil que precisa ser compartilhado.
Principalmente, precisamos parar de pensar em dor em termos de causas ou curas únicas: “é tudo por culpa de XXXX, eu sei!” Quase nunca é.4O tipo mais comum de presumível causa da dor músculo-esquelética-um problema “estrutural” ou biomecânico, como um disco que escorregou, ou uma perna curta-é uma das explicações menos provável real. O fracasso de tais explicações para a dor ocorrer ao longo dos últimos 20-30 anos também é evidência de que há mais na dor do que apenas a asneira do tecido com problema. Veja Your Back Is Not Out of Alignment. A dor não é um sinal confiável do que realmente está acontecendo. A dor crônica é uma poção de bruxa composta por diferentes fatores, complexa por natureza (não apenas por coincidência ou má sorte). No mínimo, a dor sempre tem uma camada de complexidade gerada pelo cérebro. Na pior das hipóteses, o sistema de dor pode falhar ao ponto de causar dor muito mais intensa do que o que apenas um sintoma– às vezes, a dor é o problema.
“A biologia da dor nunca é realmente simples, mesmo quando parece ser.”
“Uma das qualidades principais da dor é que exige uma explicação.”
“Percepção é o melhor palpite do cérebro sobre o que está acontecendo no mundo exterior. Percepção é inferência.”
Assista! 2 bons vídeos sobre este tema
Este vídeo de curta duração resume claramente os pontos-chave do conteúdo deste artigo. Eu tenho reservas quanto ao conselho dado – algumas picuinhas das que vou falar abaixo.
Outro vídeo do tipo “Resumo”, de algo diferente: uma conversa hilária sobre uma mordida de cobra e a neurologia da dor. Genuinamente engraçado e divertido. Não, realmente, você vai rir de verdade. É como uma comédia stand-up. O Australiano Lorimer Moseley, Professor de Neurociências Clínicas, incansável pesquisador da dor é um dos melhores palestrantes que eu já vi – o vídeo deveria ser assistido por qualquer pessoa com dor crônica, e pelos profissionais que cuidam dela.